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Desilusão e revolta deram o tom: manifestantes dizem por que foram às ruas após morte de Marielle

Taís Vilela

Do UOL, no Rio

16/03/2018 15h33

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), na noite da última quarta-feira (14), gerou comoção em todo país. Milhares foram às ruas do centro do Rio de Janeiro em manifestação comparável à onda de protestos de junho de 2013.

A reportagem do UOL ouviu manifestantes no ato ocorrido na Cinelândia, onde fica a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde Marielle atuava (assista ao vídeo).

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Imagem: Taís Vilela/UOL

O clima era de revolta e de muito choro, tal como verificado mais cedo, quando os corpos de Marielle e de seu motorista Anderson Gomes foram velados na Casa Legislativa. Nove disparos atingiram o carro onde estava os dois no Estácio, região central do Rio --quatro deles mataram a vereadora.

Enquanto alguns acendiam velas e rezavam para a vereadora, outros debatiam a onda de violência na cidade e a motivação do assassinato.

Os protestos ocorridos no centro da capital aconteceram de forma espontânea e foram organizados por meio das redes sociais, o que se aproxima das manifestações de 2013, surgidas inicialmente para contestar o aumento da passagem de ônibus.

Muitos manifestantes ressaltaram a representatividade da vereadora, que defendia minorias e os direitos humanos, e se diziam indignados pelo fato do crime ter acontecido no momento em que a cidade vive uma intervenção federal.