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Protesto em Copacabana lembra 1 ano da morte de adolescente em escola

30.mar.2018 - Ato lembra um ano da morte da estudante Maria Eduarda em escola do Rio - Thiago Ribeiro/Agif/Estadão Conteúdo
30.mar.2018 - Ato lembra um ano da morte da estudante Maria Eduarda em escola do Rio Imagem: Thiago Ribeiro/Agif/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

30/03/2018 11h50

Em memória à estudante Maria Eduarda Alves da Conceição, 13, atingida por três disparos de fuzil quando tomava água em um bebedouro no pátio da escola onde estudava, em Acari, zona norte do Rio de Janeiro, em 30 de março do ano passado, a ONG Rio de Paz, filiada ao Departamento de Informações Públicas da ONU, realiza nesta sexta-feira (30) um ato na praia de Copacabana, zona sul do Rio, com faixas e um varal com roupas de criança penduradas.

O protesto também chama a atenção para as mortes de outras crianças vítimas de armas de fogo no estado.

A jovem estava na aula de educação física da Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza quando foi atingida, duas vezes na cabeça e uma vez no quadril. Na mesma ocasião, dois policiais foram flagrados em vídeo atirando em suspeitos no chão --os homens morreram. Os policiais foram identificados como sendo do 41º BPM (Batalhão da Polícia Militar), que se mantém entre os batalhões mais letais do Estado.

30.mar.2018 -  A ONG Rio de Paz, filiada ao Departamento de Informações Públicas da ONU, realiza, ato público na Praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, em memória da estudante Maria Eduarda - Thiago Ribeiro/Agif/Estadão Conteúdo - Thiago Ribeiro/Agif/Estadão Conteúdo
30.mar.2018 - A ONG Rio de Paz, filiada ao Departamento de Informações Públicas da ONU, realiza, ato público na Praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, em memória da estudante Maria Eduarda
Imagem: Thiago Ribeiro/Agif/Estadão Conteúdo

Uma investigação da Polícia Civil identificou que os tiros que mataram Maria Eduarda, atravessando os muros da escola, partiram da arma do PM Fabio de Barros Dias, do 41º BPM, denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso (quando há intenção de matar). Ele responde ao processo preso e teve em fevereiro um pedido de habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça.

Entre abril e janeiro, dado mais recente disponibilizado pela Secretaria de Segurança, foram registradas 85 mortes envolvendo policiais do batalhão. No mesmo período, o 23º BPM, responsável pelo policiamento dos bairros de Ipanema, Leblon e Arpoador, na zona sul da cidade, teve 26 homicídios decorrentes de intervenção policial; na área de Botafogo e do Aterro do Flamengo, foram seis.

30.mar.2018 - Maria Eduarda foi morta por bala perdida dentro da Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza, em Acari - Thiago Ribeiro/Agif/Estadão Conteúdo - Thiago Ribeiro/Agif/Estadão Conteúdo
30.mar.2018 - Maria Eduarda foi morta por bala perdida dentro da Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza, em Acari
Imagem: Thiago Ribeiro/Agif/Estadão Conteúdo