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Agentes encontram 20 celulares e sistema wi-fi durante nova inspeção em Bangu 3

Na semana passada, uma inspeção encontrou apenas um celular e de dezenas de ventiladores - Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária
Na semana passada, uma inspeção encontrou apenas um celular e de dezenas de ventiladores Imagem: Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária

Do UOL, no Rio

03/04/2018 11h50

Agentes da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro) encontraram 20 celulares e dois roteadores de sinal wi-fi durante uma vistoria nas celas da penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, conhecida como Bangu 3, na zona oeste da capital fluminense, nesta terça-feira (3).

Essa é a segunda inspeção realizada no presídio. Há uma semana, militares mobilizados na intervenção federal no Rio percorreram os corredores e celas de Bangu 3 em busca de armas, drogas e aparelhos eletrônicos. No entanto, o trabalho resultou na apreensão de apenas um telefone celular e de dezenas de ventiladores.

Em nota, na ocasião, a Seap alegou que a movimentação de tropas federais e o cancelamento de visitas íntimas fizeram com que os detentos quebrassem pertences, criando dificuldades para as buscas. Aparelhos celulares foram destruídos, e os fragmentos descartados no sistema de esgoto, de acordo com a secretaria.

A inspeção de hoje contou apenas com funcionários da Seap, segundo informações divulgadas até o momento. A vistoria é feita por "120 inspetores de segurança e administração penitenciária, incluindo o Grupamento de Intervenção Tática e o Grupamento Operações com Cães", informou a secretaria em nota enviada ao UOL nesta terça.

A reportagem entrou em contato com o GIF (Gabinete de Intervenção Federal) para apurar se militares estão dando apoio à varredura. Ainda não houve resposta. Na semana passada, participaram da ação 220 homens do Exército e 120 inspetores da Seap.

O secretário de Administração Penitenciária, David Anthony Gonçalves Alves, que foi nomeado após o decreto de intervenção federal na segurança pública fluminense, afirmou nesta terça que "as fiscalizações nas unidades prisionais sempre vão ocorrer de forma sistemática e aleatória".