Polícia faz operação em favela do Rio após denúncia de sequestro de policial
A Polícia Militar faz uma operação nesta quarta-feira (11) na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, para investigar uma denúncia segundo a qual um policial estaria sendo mantido em cativeiro na comunidade. O aplicativo Onde tem Tiroteio (OTT), que monitora a ocorrência de confrontos, informou que há registros de tiros em pelo menos quatro áreas da comunidade.
A operação conta com policias do 3º BPM (Méier), 22º BPM (Maré) e da UPP do Jacarezinho. Um blindado e uma aeronave apoiam a operação. De acordo com a PM, às 10h, o Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado para reforçar as ações na região.
A polícia informou que a denúncia do sequestro do policial chegou pelo telefone de emergência 190. Uma testemunha disse que ele teria sido capturado em um dos acessos da favela e levado para dentro da comunidade. Porém, o sequestro não havia sido confirmada até o início da tarde de quarta-feira (11).
Por questões de segurança, a Avenida dos Democráticos, pista sentido Jacarezinho, foi bloqueada. O Centro de Operações da Prefeitura, que monitora o trânsito na cidade, emitiu um alerta pedindo que a região seja evitada.
Já a Supervia, concessionária responsável pelos trens, informou que os trens aguardam ordem para passar pela estação que fica próxima à favela. No entanto, a circulação não chegou a ser suspensa.
Mortes no Jacarezinho
A favela do Jacarezinho é a mesma onde, em janeiro deste ano, o corpo do delegado Fábio Monteiro foi encontrado na mala de um carro.
Monteiro estava chegando à Cidade da Polícia, complexo policial próximo à favela do Jacarezinho, quando foi reconhecido por criminosos e sequestrados. Apenas um suspeito de participação no crime foi preso.
Em agosto do ano passado, o policial Bruno Guimarães Buhler, conhecido como Bruno Xingu, também morreu após ser baleado durante um confronto com traficantes na favela. Ele foi atingido no pescoço e morreu quando passava por uma cirurgia. Um suspeito de envolvimento na morte dele também foi preso.
A morte do policial e do delegado desencadearam frequentes operações policiais na favela. Após a morte de Buhler, um clima de guerra se instaurou na região por mais de dez dias. Serviços de coleta de lixo foram interrompidos, ônibus tiveram rotas alteradas e os trens da Supervia pararam de circular no trecho da favela. As aulas também foram suspensas. Na ocasião, moradores relataram ao UOL que precisaram sair de suas casas por motivo de segurança.
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