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Rio tem queda em armas apreendidas e menos mortos pela polícia em mês de intervenção

7.abr.2018 - Policiais e membros da cúpula da intervenção federal dão entrevista sobre operação - Gabriel de Paiva/Agência O Globo
7.abr.2018 - Policiais e membros da cúpula da intervenção federal dão entrevista sobre operação Imagem: Gabriel de Paiva/Agência O Globo

Do UOL, no Rio

17/04/2018 15h50

O balanço de março do ISP (Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro), divulgado nesta terça-feira (7), mostra que, no primeiro mês completo com a intervenção federal no estado em vigor, houve redução do número de mortos pela polícia (11,4%) e queda no número de armas apreendidas (11,6). A comparação foi feita entre o mês de março de 2018 com o mesmo período do ano passado.

O estudo não contempla os primeiros 14 dias de intervenção na segurança pública fluminense, pois o decreto do presidente da República, Michel Temer, foi publicado em 16 de fevereiro e as estatísticas oficiais não fazem esse recorte.

De acordo com o ISP, em março, as delegacias da Polícia Civil registraram 14 casos a menos de homicídio decorrente de oposição à intervenção policial em comparação com 2017 - ou seja, pessoas que morreram em confronto com a polícia.

A retração é oposta à tendência verificada em fevereiro deste ano, quando foi observado um aumento de 17,6% no indicador.

O balanço revela ainda que as forças policiais apreenderam, no mês passado, 760 armas -- 89 a menos do que em março do ano passado.

No acumulado trimestral, porém, o saldo é positivo. Ou seja, somado ao período anterior ao decreto de intervenção, as forças policiais apreenderam 61 armas a mais em comparação com janeiro a março do ano passado.

Com a intervenção, o comando da segurança pública do Rio foi transferido para o GIF (Gabinete de Intervenção Federal) e para o CML (Comando Militar do Leste), que atuam em parceria com as polícias Civil, Militar e Federal, com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), com a Guarda Municipal e outros órgãos.

Desde então, os militares realizam ações coordenadas de repressão ao crime e também fazem inspeções na estrutura e nas condições de trabalho das forças policiais do Estado. O patrulhamento nas ruas foi reforçado com apoio de tropas das Forças Armadas.