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Bombeiros dizem que 49 pessoas ainda não foram localizadas após desabamento em SP

Luis Adorno e Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

02/05/2018 08h48Atualizada em 02/05/2018 11h57

Quarenta e nove pessoas ainda não foram localizadas e são consideras desaparecidas na manhã desta quarta-feira (2), mais de 30 horas após o desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no largo do Paissandu, centro de São Paulo. O número foi informado pelo primeiro-tenente Guilherme Derrite, porta-voz do Corpo de Bombeiros, que disse ter recebido o dado da S ecretaria de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo.

Segundo os bombeiros, não significa que essas 49 pessoas estavam dentro do prédio quando ele caiu, mas que constam no cadastro e ainda não se apresentaram à prefeitura. Até o momento, é certo que apenas uma pessoa, que estava sendo resgatada no momento em que o prédio desabou, está nos escombros.

Uma assistente social presente no local confirmou o número de pessoas consideras desaparecidas. Mais cedo, a Prefeitura de São Paulo informou, por meio de nota, que assistentes sociais que atuam no local haviam cadastrado até a madrugada desta quarta-feira (2) 428 pessoas, de 169 famílias. "Elas receberam alimentação a maioria não aceitou acolhimento. Foram 45 pessoas encaminhadas aos abrigos municipais", informa em nota.

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Os bombeiros passaram a madrugada no local em busca de vítimas. Às 7h45, 78 homens atuavam no local com o apoio de 31 carros da corporação, combatendo pequenos focos de incêndio que persistem. Ontem, o local chegou a ter 130 bombeiros trabalhando com 53 veículos da corporação, a maioria caminhões.

Segundo a corporação, ainda há muito material em chamas em baixo dos escombros.

“Vai ser muito difícil encontrar alguém com vida. Mas acreditamos no milagre de Deus, no milagre divino. Enquanto houver esperanças, principalmente nessas primeiras 48 horas, vamos trabalhar com a expectativa de salvar vidas”, disse Derrite.

"Cães do Corpo de Bombeiros vão auxiliar nas buscas, mas será aguardado o momento correto, até por causa da [alta] temperatura, que pode machucar o animal", afirmou.

Retroescavadeiras estão sendo usadas para remover peças grande de concreto do local, mas o trabalho tem sido majoritariamente manual, com bombeiros removendo os escombros com as próprias mãos, já que existe a possibilidade de encontrar vítimas.

A estratégia dos bombeiros é atuar do entorno dos escombros para dentro. Além de remover escombros com as próprias mãos, os bombeiros usam ainda um equipamento de eletrocorte portátil, que permite cortar placas e pilastras de metal e de concreto.

Os cinco imóveis vizinhos continuam interditados e a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) bloqueia vias que dão acesso ao Largo do Paissandu. 

Além disso, a SPTrans desviou o itinerário de 24 linhas de ônibus que circulam pela região e que diariamente transportam cerca de 200 mil passageiros. As duas linhas que fazem ponto final no largo do Paissandu atenderão na rua Timbiras e outras duas irão até a praça do Correio. Já a ligação com o Terminal Vila Nova Cachoeirinha é mantida no largo.

Entenda como é o trabalho dos Bombeiros nos escombros do prédio

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