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Bisturi e seringas com sangue são apreendidos após ataques em festa de São João na PB

Ao menos 38 pessoas ficaram feridas nas festas de São João em Campina Grande - Divulgação/Ascom Medow Promo e Aliança Comunicação
Ao menos 38 pessoas ficaram feridas nas festas de São João em Campina Grande Imagem: Divulgação/Ascom Medow Promo e Aliança Comunicação

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Marechal Deodoro (AL)

18/06/2018 21h21

Um bisturi e quatro seringas com sangue foram encontrados e apreendidos pela polícia nas proximidades do Parque do Povo, localizado em Campina Grande (PB), onde pelo menos 38 pessoas foram golpeadas com objetos perfuro-cortantes entre os dias 2 e 17 deste mês. Os ataques ocorreram durante as festividades de São João.

Um homem foi detido, mas negou que o material pertencesse a ele e foi liberado pela Polícia Civil. A polícia analisa imagens das câmeras instaladas no Parque do Povo para tentar identificar o agressor.

As 38 vítimas deram entrada no Hospital de Trauma de Campina Grande para receber procedimento padrão para prevenção contra doenças infecciosas e contagiosas, como o vírus da aids e hepatite B.

Segundo a polícia, das 38 vítimas, 33 foram agredidas dentro do Parque do Povo e cinco, em um bloco junino tradicional, que ocorreu no dia 2. Ao todo, são 24 homens e 14 mulheres.

O hospital informou que as primeiras vítimas começaram a procurar ajuda médica no dia 11. A médica infectologista do Hospital de Trauma, Priscila Sá, relatou que as vítimas chegaram com ferimentos nas costas e nas mãos. Sá informou que não tem como saber se a seringa ou outro material perfuro-cortante usado para golpear as vítimas estava infectado com alguma doença. 

O delegado Henry Fábio Ribeiro informou que o material foi enviado para perícia e que ficou constatado que havia sangue diluído em soro fisiológico. Devido à quantidade pequena de sangue diluído, não foi possível identificar se trata-se de sangue humano. Entretanto, não foi encontrada nenhuma doença no material examinado.

No dia 15 de junho, a Polícia Civil abriu investigação sobre o caso. Dezesseis vítimas prestaram depoimento. As vítimas contaram que sentiram furadas nas costas e, quando olharam para trás, não conseguiram identificar nenhuma pessoa suspeita.

A empresa organizadora do evento, Aliança Comunicação, informou que está trabalhando em conjunto com as polícias Civil e Militar para identificar o autor dos ataques. A empresa destacou ainda que disponibilizou 70 homens para reforçar a segurança, que é de responsabilidade do Estado por se tratar de uma festa pública. 

O UOL contatou a prefeitura de Campina Grande, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.