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Justiça do Rio manda soltar namorada do 'Dr. Bumbum'

Renata Cirne foi detida por suspeita de envolvimento em procedimento estético; ela nega - Fabiano Rocha/Agência O Globo
Renata Cirne foi detida por suspeita de envolvimento em procedimento estético; ela nega Imagem: Fabiano Rocha/Agência O Globo

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio

07/08/2018 18h32

A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a prisão temporária de Renata Fernandes Cirne. A decisão desta terça-feira (7) tem caráter liminar (provisório) e vale até o julgamento definitivo do habeas corpus.

Renata, que é namorada do médico Denis Furtado, o “Dr. Bumbum”, é suspeita de ter ajudado no procedimento estético a que foi submetida Lilian Calixto. A bancária de 46 anos morreu horas depois, na madrugada de 15 de julho. A intervenção cirúrgica teria sido feita no apartamento do médico.

Renata nega ter atuado no procedimento e afirma que trabalhava apenas como secretária de Furtado.

O pedido de habeas corpus de Renata havia sido negado na semana retrasada em 1ª instância. Na decisão que a manteve presa, o juiz Bruno Machado Manfrenatti, da 1ª Vara Criminal da Capital, citou uma ex-paciente do Dr. Bumbum que disse que seria submetida a uma cirurgia na residência de Renata. No estacionamento do apartamento, a polícia encontrou um carro onde havia medicamentos usados para procedimento nos glúteos.

Na ocasião, o magistrado dissera que a prisão temporária (30 dias) de Renata era "imprescindível" para que o trabalho de coleta de provas da polícia fosse concluído. No entanto, a decisão de hoje, da 7ª Câmara Criminal (2ª instância) revogou a sentença anterior.

Há duas semanas, a Seap (Secretaria do Estado de Administração Penitenciária) confirmou a gravidez de Renata. De acordo com a pasta, a jovem informou a gravidez a agentes da unidade prisional para onde foi levada no começo da semana. Ela foi submetida a um exame, que confirmou a informação.

Ela foi transferida para a Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Gericinó, em Bangu, onde há uma ala específica para as presas grávidas.

Denis e sua mãe, também suspeita de envolvimento no caso, permanecem presos temporariamente em Bangu enquanto a Polícia Civil do Rio conclui o inquérito.