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Grupo que fazia "desmanche relâmpago" de carros é preso em São Paulo

Leonardo Martins

Do UOL, em São Paulo

20/02/2019 21h14

Resumo da notícia

  • Grupo desmanchava carros antes mesmo de a vítima notar o roubo
  • Polícia achou o desmanche em uma loja de peças fechada em pleno horário comercial
  • Quatro dos seis detidos possuem antecedentes criminais
  • Presos podem responder por receptação qualificada e associação criminosa

Um grupo de seis pessoas que fazia "desmanche relâmpago" de carros foi preso em flagrante hoje pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) no bairro do Jaçanã, zona norte da capital paulista. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

Dentro de uma loja de venda de peças usadas para carros, os criminosos desmontavam veículos inteiros em menos de uma hora. No flagrante, eles estavam terminando de desmontar um Fiat Palio furtado, antes mesmo de a vítima perceber que havia sido roubada.

Ao UOL, Jorge Esper, delegado da 3ª delegacia da Divecar (Investigações sobre Desmanches Ilegais), contou que a vítima, que não teve a identidade revelada, havia deixado o carro estacionado em frente ao local onde ela assistiria a uma aula de um curso, no bairro do Mandaqui, também na zona norte.

Segundo o delegado, a velocidade do grupo no ato de desmontar o carro não é atípica.

Os casos em geral têm sido muito rápidos. Eles se juntam em grande número de pessoas, desmontam o carro inteirinho, enfiam as peças dentro de outro carro e desaparecem
Delegado Jorge Esper

Loja fechada em horário comercial

A polícia disse que já investigava anteriormente locais de revendas de peças, cruzando com os furtos de veículos que aconteciam nas regiões desses pontos comerciais. 

Durante uma fiscalização na avenida Abílio Pedro Ramos, no Jaçanã, local do desmanche, chamou atenção dos policiais uma loja de venda de peças usadas fechada em pleno horário comercial.

Ao olharem pela fresta da porta da garagem do local, viram a movimentação de um grupo, decidiram entrar e encontraram o veículo praticamente desmanchado. Os criminosos tinham até bloqueadores de sinais que inibiam os rastreadores. 

Esper diz que não há informação sobre alguma ligação do grupo com o PCC (Primeiro Comando da Capital), mas que quatro integrantes possuem antecedentes criminais por crime de receptação.

Os presos são acusados de receptação qualificada e associação criminosa, com pena prevista de 2 a 8 anos e de 1 a 3 anos, respectivamente.

Nenhum deles possui advogado constituído até o momento e, à polícia, disseram apenas se pronunciar sobre o caso em juízo.