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Punido por encontro, Bruno irá para presídio de segurança máxima

Adriano Vizoni/Folhapress
Imagem: Adriano Vizoni/Folhapress

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

27/02/2019 11h54

A Justiça de Minas Gerais decidiu que o ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza será transferido para o presídio de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Ele deixará a Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado), em Varginha (MG), onde cumpre pena, após ter sido punido por usar um telefone celular para marcar encontro com mulheres no local. A informação foi dada pela Rádio Itatiaia e confirmada pelo UOL.

O encontro de Bruno ocorreu em outubro do ano passado, foi registrado por câmeras e teve ampla repercussão na época. Em dezembro, o Conselho Disciplinar da Apac de Varginha inocentou o goleiro, mas o juiz da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha, Tarcísio Moreira de Souza, reviu o caso em fevereiro deste ano e identificou que houve "falta disciplinar grave" do ex-goleiro.

A Secretaria de Administração Prisional e Segurança Pública de Minas Gerais informou que foi notificada hoje sobre a decisão judicial e que a transferência de Bruno será feita nos próximos dias. Porém, o órgão disse que, por questões de segurança, não irá informar detalhes da transferência do ex-goleiro, como data e horário.

Bruno perdeu o direito de cumprir pena na Apac, onde tinha licença para trabalhar fora do presídio. Além disso, a defesa dele estima que o ex-goleiro só poderá pedir novamente a progressão de pena e tentar deixar o regime fechado em fevereiro de 2023.

Método de confiança

De acordo com a direção da Apac, a conduta de Bruno foi incompatível com o "método de confiança" adotado pela instituição, considerada uma "falta grave".

"O nosso método é baseado na confiança entre os recuperandos. É dada a chance, como foi dada a Bruno, do trabalho externo. A princípio, parece que houve uma quebra de confiança, e nós não temos esse hábito de dar chance. Uma vez quebrada a confiança, eles perdem a oportunidade", informou a Apac.

O UOL não localizou a defesa do ex-goleiro na manhã de hoje para comentar  a transferência.

O ex-goleiro foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão pela morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, que desapareceu em 2010. O corpo dela nunca foi encontrado. Eliza tinha 25 anos à época e era mãe do filho recém-nascido de Bruno, que, na ocasião, não reconhecia a paternidade da criança.