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PM de SP diz que ação com 11 mortos teve preocupação com defesa do cidadão

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

04/04/2019 16h36

O diretor-executivo da Polícia Militar paulista, coronel Alvaro Batista Camilo, afirmou nesta tarde que a ação que resultou na morte de 11 suspeitos de tentar assaltar bancos em Guararema, na Grande São Paulo, teve objetivo de prender criminosos e defender a população.

"A ação toda foi com preocupação na defesa do cidadão. Queríamos prender os criminosos. A ideia não era confrontar. Prendemos dois", afirmou, na sede da SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Segundo o coronel, houve cinco tiroteios.

"O confronto não é opção da polícia. Com trabalho de inteligência da polícia, a polícia está sendo deslocada para onde há mais crimes. Ou seja, é fazer frente e não deixar que o crime aconteça", afirmou.

De acordo com nota divulgada pela SSP (Secretaria da Segurança Pública), "aproximadamente 25 criminosos se preparavam para explodir caixas eletrônicos quando foram surpreendidos pelos policiais e, na tentativa de fuga, dispararam contra as equipes. Houve perseguição e troca de tiros em diferentes pontos do município".

Nenhum policial se feriu na ação, que teve integrantes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), do COE (Comando de Operações Especiais) e do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais). A ação ocorreu após interceptações telefônicas feitas por promotores de Sorocaba nos últimos oito meses terem identificado o planejamento para o roubo em Guararema e região.

"Temos um preparo muito grande para que nenhum policial fique ferido. O policial precisa estar vivo para proteger. Quando confronto acontece, a polícia está bem preparada e age tecnicamente. Em São Paulo, não é uma boa ideia enfrentar a polícia", complementou o diretor da PM.

O comandante da Rota, tenente-coronel Mario Alves da Silva, afirmou que, como não era claro o local onde os criminosos poderiam estar, espalharam viaturas pela região.

"Quando houve a explosão, com troca de tiros, a Rota foi para lá. Estavam preparados para guerra, com armamentos, carro blindado. Não tinham a intenção de se entregar", disse.

Ainda segundo o comandante, houve três confrontos com integrantes da Rota e dois com membros do COE.

"No primeiro tiroteio, sete marginais desceram do carro atirando. Ficaram por lá", explicou. Outros quatro fugiram momentaneamente. Um fez uma pessoa refém em um condomínio e foi morto. Outro caiu baleado durante fuga numa estrada vicinal. E dois que foram para uma área de mata foram mortos pelo COE.

Mais mortes

Entre janeiro e março deste ano, a PM paulista matou 195 pessoas em supostos confrontos, alvos de inquéritos apurados pela Corregedoria da corporação. Comparado ao mesmo período do ano passado, a PM matou 13% mais pessoas este ano.

Durante todo o ano de 2019, oito policiais foram mortos no estado, sendo seis durante a folga e outros dois em serviço.

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