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Professora se confunde e dá tirinha com adulteração pornográfica a alunos

Tirinha da Magali adulterada que acabou sendo distribuída a alunos de escola no interior de SP - Reprodução
Tirinha da Magali adulterada que acabou sendo distribuída a alunos de escola no interior de SP Imagem: Reprodução

Luciana Quierati

Do UOL, em São Paulo

11/04/2019 18h55

Uma tirinha da Magali adulterada com conteúdo pornográfico acabou sendo entregue como tarefa de casa para alunos de uma escola municipal de Birigui, no interior de São Paulo.

O exercício pedia para identificar onde estava o humor na tirinha em que um sapo pede um beijo a Magali, personagem da Turma da Mônica, prometendo-lhe uma surpresa, ao que ela ao final responde: "Só um beijo? Pensei que você tinha rola grande!".

Na tira original, a resposta de Magali ao ver o sapo transformado em príncipe é outra: "Um príncipe! Bah! Pensei que você fosse se transformar num pipoqueiro, padeiro...".

Tirinha da Magali, da Turma da Mônica - Reprodução/Internet - Reprodução/Internet
Tirinha original da Magali, da Turma da Mônica, feita por Maurício de Sousa
Imagem: Reprodução/Internet

A adulteração pode ser identificada pelo tipo de letra usado na frase de Magali, que não é o mesmo do restante da tirinha e das demais produções do cartunista Maurício de Sousa. Além disso, a resposta original está toda em letras maiúsculas, enquanto a falsa possui caracteres maiúsculos e minúsculos.

O caso ocorreu no último dia 5 com uma turma do terceiro ano do ensino fundamental (alunos de oito anos) da Escola Municipal Dirce Spínola Najas, localizada no bairro Residencial Alvorada.

Em reunião com os pais na segunda-feira (8), a professora disse que que não leu a tirinha antes de aplicar a atividade, não percebendo que se tratava de uma versão adulterada, e que não tinha o objetivo de falar sobre sexo, mas sim de humor.

Ainda segundo a docente, as crianças não chegaram a perceber o sentido chulo da palavra 'rola' - que também dá nome a uma ave.

A Secretaria Municipal de Educação de Birigui informou em nota que a professora é concursada, tem 15 anos de carreira e continua dando aulas normalmente.

O órgão, no entanto, disse ter acionado os advogados da Secretaria de Negócios Jurídicos do município e que, caso necessário, poderá abrir uma sindicância.