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Senado convoca ministro para explicar situação de barragem em MG

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, em Brasília

22/05/2019 16h34Atualizada em 22/05/2019 17h23

A CMA (Comissão de Meio Ambiente) do Senado aprovou hoje requerimento de convocação do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para prestar esclarecimentos sobre a situação da barragem da mina do Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), que corre risco de rompimento de um talude --encosta na cava da mina de minério de ferro.

Como se trata de uma convocação, Albuquerque é obrigado a comparecer ao Senado. A audiência foi marcada para amanhã às 8h, de acordo com a assessoria do presidente do grupo, senador Fabiano Contarato (Rede-ES).

Na segunda-feira (20), a Agência Nacional de Mineração informou que o rompimento do talude deve ocorrer até o próximo sábado (25). A barragem é operada pela Vale e é do mesmo tipo que culminou com o desastre de Brumadinho, em 25 de janeiro.

No requerimento aprovado pela CMA, Contarato descreve a situação em Barão de Cocais como "tragédia anunciada".

Albuquerque já esteve no Senado uma vez, em março, mas na condição de convidado pela CI (Comissão de Servições de Infraestrutura). Ele é o primeiro chefe de pasta do Executivo a ser convocado pelos senadores.

Do início dos trabalhos no Legislativo até o momento, 17 ministros foram convidados para prestar esclarecimentos à Casa, entre os quais Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), Abraham Weintraub (Educação), Paulo Guedes (Economia) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Outros dois requerimentos já foram aprovados e aguardam a designação da data. São convites ao ministro da Secretaria de Governo, o general Carlos Alberto Santos Cruz, para explicar o vídeo divulgado pelo Planalto de defesa ao golpe militar de 1964; e ao chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), chamado pela CAS (Comissão de Assuntos Sociais) a fim de explicar pontos da reforma da Previdência.

A barragem da mina do Gongo Soco está em nível máximo de alerta e, em caso de rompimento, despejará 6,8 milhões de metros cúbicos por uma área que inclui a zona urbana de Barão de Cocais, rios e áreas verdes. Todo o complexo operado pela mineradora Vale foi interditado na última sexta-feira (17).