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Polícia diz que achou maconha em pesqueiro de vice-prefeito de Tremembé-SP

Pés de maconha encontrados pela polícia em pesqueiro do vice-prefeito de Tremembé, Tata Vargas (PSD) - Divulgação/Polícia Ambiental
Pés de maconha encontrados pela polícia em pesqueiro do vice-prefeito de Tremembé, Tata Vargas (PSD) Imagem: Divulgação/Polícia Ambiental

Daniel Leite

Colaboração para o UOL, em Juiz de Fora (MG)

21/07/2019 21h39Atualizada em 22/07/2019 07h31

A polícia ambiental diz que encontrou hoje pés e sementes de maconha em um pesqueiro que pertence ao vice-prefeito de Tremembé (SP), Tata Vargas (PSD). No total, 28 pés da planta foram localizados. Vargas disse que o pesqueiro tem áreas alugadas e não controla quem entra lá.

Segundo o registro policial, um dos funcionários do pesqueiro disse que o plantio e o cultivo da maconha seriam de responsabilidade do filho do vice-prefeito, Renato Vargas Neto. De acordo com a polícia, outro trabalhador do local afirmou que Renato teria deixado as sementes no pesqueiro há uma semana, em um cinzeiro. O vice negou envolvimento do filho.

Os policiais foram até o pesqueiro após receberem uma denúncia anônima de que haveria plantação de maconha lá. O local estava fechado no momento da fiscalização.

Cães farejadores ajudaram a encontrar parte do material apreendido. Segundo o policial ambiental Jair da Silva Ribeiro Junior, a área de mato é extensa e a maconha estava plantada em vasos. Por isso, a varredura durou praticamente todo o período da manhã. "A maconha estava esparramada, não estava em um local só", afirma.

Foram encontradas sementes em pequena quantidade, o suficiente para encher uma mão, que estavam guardadas no interior de um barraco. A pessoa responsável pelo local de armazenamento foi presa. O outro suspeito detido foi liberado.

Vice-prefeito nega as acusações

Procurado pelo UOL, o vice-prefeito afirmou ser o dono do pesqueiro, mas disse que o local está alugado.

"Eu sou o dono do pesqueiro mas lá há chalés de apoio para pesca que eu alugo por tempo indeterminado e não tenho controle de quem entra ou sai", disse o prefeito,

Ele também afirmou que no pesqueiro é promovida uma festa com forró de quinta-feira a domingo, igualmente num esquema de aluguel. "Fico triste, mas estou tranquilo, porque família e amigos sabem que nunca lidei com isso".

Sobre a acusação de que o filho seria o responsável pela maconha, o vice-prefeito respondeu que a informação "não procede".