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Mãe e filha são mortas em casa após suposta briga por herança, diz polícia

24.jul.2019 - Lindsay de Almeida Reis e a mãe Luciana Almeida da Silva foram mortas a tiros dentro da própria casa no Rio - Reprodução/Facebook
24.jul.2019 - Lindsay de Almeida Reis e a mãe Luciana Almeida da Silva foram mortas a tiros dentro da própria casa no Rio Imagem: Reprodução/Facebook

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

24/07/2019 10h33Atualizada em 24/07/2019 15h41

Mãe e filha morreram assassinadas dentro de casa após serem alvos de um ataque que também deixou outros dois integrantes da família (pai e filho) feridos com gravidade em Marechal Hermes, na zona norte do Rio, na madrugada de hoje. Segundo a PM, dois homens armados entraram no imóvel por volta de 3h e efetuaram disparos contra os moradores. O motivo seria uma suposta briga familiar por herança.

Luciana Almeida da Silva, 35, foi atingida na coxa e virilha esquerda e no braço direito e chegou a ser socorrida para o hospital estadual Carlos Chagas, mas não resistiu aos ferimentos. Além dela, Lindsay de Almeida Reis, 15, filha de Luciana, morreu no local.

O marido de Luciana, Waldir Dativo dos Santos, 41, foi levado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer após ser atingido por vários disparos, enquanto o filho caçula do casal, 7, foi baleado na cabeça e está no hospital Carlos Chagas.

De acordo com relato de testemunhas, a polícia informou que o motivo do ataque seria consequência de uma briga da família motivada por herança. A Polícia Civil informou que a Delegacia de Homicídios instaurou um inquérito policial para apurar as circunstâncias das mortes.

Uma perícia foi realizada no local, e agentes fazem diligências em busca de imagens e informações que levem à autoria do crime. Os criminosos estão foragidos.

Lindsay vivia com a mãe e o padrasto. No IML (Instituto Médico Legal), o pai dela, Reinaldo de Oliveira Reis, disse que a menina nunca se queixou de atritos na família. Ele contou que recebeu a notícia sobre o ocorrido quando se arrumava para trabalhar.

"O mundo caiu, não consigo pensar em nada, só na minha filha que não vou mais ver. Não tenho coragem de entrar [no IML] para olhar, acho que tenho que ter a lembrança dela e não quero vê-la ali deitada. Muito triste. Espero que as informações cheguem rápido, que peguem quem fez isso. Eu confio na polícia, confio na justiça e acredito que a justiça vai ser feita."

Reis descreveu a jovem como uma menina muito alegre.

"Ela escreveu um livro, na escola tem um livro com as participações dela. Era muito estudiosa, inteligente, uma menina ímpar, muito alegre, muita coisa para viver, mas infelizmente... Pedir para Papai do Céu dar muita força pra gente."