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Companhia de ônibus sequestrado já sofreu ato semelhante em 1996

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

20/08/2019 11h43

O ônibus da viação Galo Branco, sequestrado na manhã de hoje, não foi o primeiro a ser interceptado por um criminoso na história da companhia.

Segundo uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, de 1996, um coletivo da companhia caiu na altura do Vão Central da Ponte Rio-Niterói, na noite de uma sexta-feira - 4 de agosto, após sofrer uma perseguição policial. O coletivo havia sido roubado em São Gonçalo - a 20 km do Rio - e era dirigido por um criminoso.

Houve troca de tiros e o bandido perdeu o controle do veículo, bateu na mureta e despencou de uma altura de 72 metros. Com o impacto, cerca de 20 metros da mureta de proteção da ponte foram destruídos.

Mergulhadores do Grupamento Marítimo fizeram buscas na água em busca do ônibus e do corpo dos assaltantes, que nunca foram encontrados. Os socorristas chegaram a resgatar o corpo de um homem branco, de cerca de 24 anos, próximo ao local do acidente.

Na ocorrência de hoje, o desfecho foi outro. O sequestrador, que invadiu o coletivo e determinou a parada do veículo na altura do Vão Central, na pista sentido Rio, interditando a via, foi baleado por um atirador de elite. Ele estava no interior do veículo com uma arma de brinquedo, uma faca, um taser e combustível com o qual ameaça tacar fogo do veículo.

Agentes da PRF, do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e da PM foram acionados.

A PRF iniciou as negociações, mas posteriormente o criminoso pediu que o Bope assumisse os diálogos. A ação durou um pouco mais de 3 horas. Seis reféns foram liberados durante as negociações. Eles receberam atendimento médico em ambulâncias que estavam estacionadas no local.

O ônibus sequestrado é o 2520, da Viação Galo Branco, que faz o trajeto do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, na região metropolitana, e vai até o Estácio, na região Central do Rio de Janeiro. O coletivo no estilo executivo faz viagens diárias e passa ao todo por oito vias importantes de São Gonçalo, três de Niterói e outras oito na capital fluminense. As viagens são diárias, e o valor é de R$ 13,30

A empresa conta com 260 ônibus que também fazem outros trajetos. Procurada, ela ainda não se manifestou sobre a ocorrência.