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Mulher chama homens de cornos no WhatsApp na Paraíba e é morta a tiros

Rosália Maia, morta a tiros na Paraíba - Reprodução
Rosália Maia, morta a tiros na Paraíba Imagem: Reprodução

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió (AL)

28/08/2019 19h54

Uma mulher que enviava áudios para grupos de WhatsApp chamando homens de corno foi morta a tiros no município de Brejo do Cruz, sertão da Paraíba, na última segunda-feira (26). Nenhum suspeito do crime foi preso ainda.

Rosália Maia, 32, foi assassinada enquanto voltava para casa, já na rua em que ela morava. Ela pilotava uma moto quando foi baleada e morreu.

A polícia trabalha com a linha de investigação de vingança, pois Maia tinha muitos desafetos. Ela costumava enviar mensagens para grupos de Whatsapp chamando homens de corno e praticando injúrias.

Em um dos áudios, Maia fala nomes de supostos homens que estavam sendo traídos por suas mulheres e relata como os adultérios ocorreriam.

O caso foi registrado pela Delegacia de São Bento, responsável pelo plantão, e repassado à Delegacia de Brejo do Cruz, que agora está à frente das investigações. A polícia informou que está analisando os áudios para descobrir os mandantes e executores do assassinato.

A delegacia de Brejo do Cruz informou que há vários procedimentos policiais registrados contra Rosália Maia pelo crime de injúria e difamação. "Ela era falastrona e enviava áudios nos grupos atingindo a honra das pessoas e uma das que se sentiu ofendida mandou executar. A princípio, não estamos tratando como feminicídio. É homicídio comum mesmo", disse um investigador da Polícia Civil.

Testemunhas contaram à polícia que ouviram seis tiros; quando foram olhar o que tinha acontecido, encontraram Maia caída na rua, já sem vida. Elas não relataram se viram quem foi o autor dos disparos, nem como ele alcançou a vítima, que pilotava uma moto.

A polícia solicitou imagens de câmeras instaladas em imóveis próximos ao crime, mas foi informada de que as câmeras estavam desligadas.

"Fiz os primeiros levantamentos no local do crime. Assim que aconteceu, começou a sair informações de que ela falava mal das pessoas, chamando homens de corno. A primeira linha de investigação é esta, mas a polícia não descarta outras possibilidades", informou o delegado Anderson Fontes, titular da delegacia de São Bento.

Investigadores da Delegacia de Brejo do Cruz e da seccional de Catolé do Rocha informaram que existem outras linhas de investigação levantadas, mas elas não podem ser divulgadas para não atrapalhar o andamento do trabalho da polícia.

A perícia encontrou no local do crime cápsulas de arma de grosso calibre, pistola, que era de uso restrito das forças de segurança há duas semanas. O corpo de Rosália Maia foi levado para necropsia no Numol (Núcleo de Medicina e Odontologia) de Patos.

Rosália Maia era dona de casa, tinha dois filhos e morava com a mãe. O corpo da mulher foi enterrado ontem no cemitério municipal. Segundo moradores de Brejo do Cruz, o velório estava vazio e quase ninguém acompanhou o enterro dela.