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Copiloto da Azul faz BO após ser acusada de preconceito em suposta montagem

Thays Emilly Silva registrou BO após as supostas mensagens serem divulgadas - Reprodução/Instagram
Thays Emilly Silva registrou BO após as supostas mensagens serem divulgadas Imagem: Reprodução/Instagram

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, em Maceió

30/08/2019 16h36

Uma copiloto da companhia aérea Azul informou à polícia que está sendo acusada de ofensas e preconceito contra nordestinos em suposto diálogo no aplicativo de mensagens WhatsApp. Thays Emilly Silva, 25, registrou Boletim de Ocorrência no 7º Distrito Policial, em Confins (MG), região metropolitana de Belo Horizonte, na última quarta-feira (28).

O caso foi repassado para ser investigado pela Delegacia Especializada de Investigações de Crimes Cibernéticos, em Belo Horizonte. A polícia não informou sobre o andamento da investigação.

Segundo a polícia, no Boletim de Ocorrência, Thays Emilly relatou que está sendo vítima de calúnia. Na versão da copiloto, os prints são montagens com mensagens falsas atribuídas a ela e que estão sendo divulgados.

A mensagem é uma suposta conversa atribuída à Thays Emilly com um colega que está na EJ Aviação, escola de pilotos comerciais de avião. No print, há uma foto e o nome dela. O UOL transcreveu o suposto diálogo, que começa com uma pessoa perguntando se ela está voando muito e que se lembra quando ela estudava na EJ Aviação. "Ai meu, na boa, desculpas, mas não dar para falar agora, ok?", diz o texto atribuído a copiloto. A outra pessoa responde: "desculpas, não chamo mais, as pessoas mudam." A conversa segue: "meu, vai te catar? Olha pra mim e pra você. A Azul é uma empresa bosta e mesmo assim você não consegue entrar. Fica ai na EJ, se eu fosse você eu desistia, na boa."

O suposto diálogo segue: "a Azul pega qualquer coisa e se não pegou você é porque alguma coisa de ruim você tem". A pessoa responde: "maravilha, do jeito que você subiu, você pode descer". E, supostamente, ela começa a ofendê-lo porque ele é nordestino: "um Paraíba feio e mal amado, sério esse bilhete? Você acha que as pessoas vão acreditar em quem? Às vezes estou no Nordeste e tenho que engolir esse povo horroroso, agora você vem falar merda. Me esquece!", escreve.

O UOL entrou em contato com a EJ Aviação e o diretor da escola, Anderson Carlos da Silva, disse que "não vai se posicionar porque não há agressão contra a EJ." O diretor afirmou ainda que não sabe quem seria o funcionário ou aluno que estaria no suposto diálogo.

A Azul afirmou que a funcionária da companhia aérea "foi vítima de uma montagem, em que associam o nome dela às ofensas. A tripulante de voo já registrou o caso na polícia."

O UOL tentou localizar Thays Emilly, mas até a publicação deste texto não obteve sucesso. Usuária assídua em redes sociais, onde publicava fotos do seu dia-a-dia. Esta semana, ela apagou os perfis no Facebook e Instagram. Somente no Instagram, o perfil da copiloto era seguido por 40 mil pessoas.