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Badim: Perícia retoma análise de gerador que causou incêndio

Fachada do hospital Badim, no Rio de Janeiro, após incêndio - 13.set.2019 - Pilar Olivares/Reuters
Fachada do hospital Badim, no Rio de Janeiro, após incêndio
Imagem: 13.set.2019 - Pilar Olivares/Reuters

Lola Ferreira

Colaboração para o UOL, no Rio

14/09/2019 09h38

Três peritos da Polícia Civil chegaram por volta das 8h30 de hoje ao Hospital Badim, na zona norte do Rio, para recomeçar a perícia no prédio que foi atingido por um incêndio na noite de quinta (12). O hospital confirmou que o gerador do edifício, que fica no subsolo, foi o foco do incêndio que matou 11 pessoas.

Na tarde de ontem, por volta das 14h30, a perícia interrompeu os trabalhos por conta do grande volume de água acumulado no subsolo, que impossibilitou a análise do equipamento. A baixa luminosidade também foi um fator determinante para a interrupção da perícia. As equipes da Polícia Civil também saíram do prédio com equipamentos que guardam as imagens das câmeras de segurança, com objetivo de analisar o início do incêndio e a trajetória do fogo.

Na noite de ontem, o Badim contratou uma empresa privada para fazer a sucção da água do andar, para tornar possível a perícia neste sábado (14). Na manhã de hoje, os peritos da Polícia Civil chegaram com lanternas e há também um refletor a postos na entrada do subsolo.

Há relatos de que às 17h30, meia hora antes do horário apontado como início do incêndio, houve uma queda de luz no prédio. Quando a energia foi restabelecida, testemunhas afirmaram que havia fumaça e cheiro de queimado.

Peritos deixam hospital Badim com parte de gerador - 14.set.2019 - Lola Ferreira/UOL - 14.set.2019 - Lola Ferreira/UOL
Peritos deixam hospital Badim com parte de gerador
Imagem: 14.set.2019 - Lola Ferreira/UOL

Enterro de cinco vítimas

Cinco das 11 vítimas fatais do incêndio do serão enterradas neste sábado (14). Ontem, dez dos corpos foram identificados pelo Instituto Médico Legal e liberados. Os mortos tinham entre 66 e 93 anos.

Às 10h, Luzia dos Santos Melo, 88, será enterrada no Cemitério do Caju, e Darcy da Rocha Dias, 88, no Cemitério de Inhaúma. Luzia estava internada no CTI do hospital desde quarta-feira (11) com pneumonia e teria alta na próxima semana. Seu filho, Emanuel Ricardo, é uma das testemunhas que afirma ter ouvido um barulho de explosão, e depois um cheiro forte de óleo diesel. Ele havia reclamado da fumaça cerca de 40 minutos antes do horário apontado como início do incêndio.

Às 11h, Virgílio Claudino da Silva, 66, e Irene Freitas, 83, serão enterrados no Cemitério do Catumbi. A família de Virgilio afirma que ele morreu de embolia pulmonar, após inalar a fumaça do incêndio. Ele estava internado há 70 dias em decorrência de um AVC. Irene estava internada por desidratação e havia suspeita de câncer, de acordo com sua filha.

Às 16h, Maria Alice Teixeira da Costa, 75, será enterrada no Cemitério São Miguel, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Ela estava internada desde a segunda-feira e a família passou a noite de quinta, data do incêndio, procurando por ela. A família reclamou que não houve nenhuma comunicação por parte do hospital. A acompanhante de Maria Alice, Gigiane dos Santos, despencou do terceiro andar do hospital ao tentar fugir do incêndio usando uma corda. Ela fraturou os dois tornozelos.

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