Professor é preso em BH por comemorar no Facebook assassinato de PM
Um professor de geografia foi preso hoje em Belo Horizonte por apologia ao crime. Segundo o boletim de ocorrência, ele fez um comentário em rede social parabenizando uma pessoa que matou um policial militar: "Parabéns ao menino da moto", escreveu ele no campo de comentários de uma notícia. O post foi apagado, mas o rapaz confirmou a publicação.
O crime contra o PM ocorreu na noite de ontem em Ibirité (MG), a cerca de 25 km de Belo Horizonte. Sérgio Ricardo Silvério Cavalcanti estava em um carro com familiares quando foi atingido por tiros disparados por uma pessoa que passou de moto. O policial não resistiu, e o caso está sendo investigado.
Quando uma reportagem sobre o crime foi divulgada no perfil do Facebook da Rádio Itatiaia, pouco depois das 8h, um comentário foi escrito pela conta do professor. A polícia, então, passou a procurá-lo e foi até a casa dele, no bairro Novo Tupi, na capital.
A mãe de Pablo recebeu os PMs e foi informada do motivo de estarem lá. Ela os levou até o quarto do filho. Nervoso e tenso, ele recebeu voz de prisão e confirmou o comentário, de acordo com a sala de imprensa da polícia. A mãe pediu para verificarem se não havia nada de ilícito no quarto, mas os militares não julgaram necessário.
Pablo foi preso por apologia ao crime, segundo a polícia, conforme o artigo 287 do código penal - "Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime. Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa". Ele dá aulas na escola estadual Presidente Tancredo Neves como professor contratado, segundo o registro policial.
A secretaria de educação de Minas informou que "a ocorrência foi registrada fora do ambiente escolar". Segundo a nota, a superintendência de ensino e a direção da escola estão cientes, mas não conhecem o teor do boletim da PM. "A escola aguardará o resultado das apurações para adotar as eventuais medidas administrativas", encerra o comunicado.
Em entrevista concedida na delegacia, o professor pediu desculpas pelo comentário. "[Eu quero] pedir desculpas pelo meu erro. Tô à disposição da família, tô à disposição judicialmente também. Agora é arcar com as consequências do meu erro. Não vou tentar fugir, a postagem tá lá, né. Só deixando claro também que eu não tenho nada contra a polícia", disse ele.
A advogada do professor foi procurada por telefone. Até o momento da publicação da reportagem, ela não atendeu as ligações e não respondeu as mensagens.
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