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Deic identifica plano do PCC para matar diretor de prisão no interior de SP

Agentes fazem operação contra integrantes do PCC no interior de São Paulo - Divulgação/Deic
Agentes fazem operação contra integrantes do PCC no interior de São Paulo
Imagem: Divulgação/Deic

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

17/10/2019 20h16Atualizada em 17/10/2019 20h22

Resumo da notícia

  • Após 6 meses de investigação, 10 são indiciados sob a suspeita de mandar assassinar chefe de presídio
  • Nove dos suspeitos já estão presos e um está foragido
  • Polícia fez operação de busca e apreensão em 12 cidades

Após seis meses de investigação, a Polícia Civil de São Paulo, através do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), indiciou dez integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) sob a suspeita de ter planejado a morte do diretor do presídio de Casa Branca, cidade a 220 km da capital paulista. O nome do diretor foi preservado pela investigação.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra os dez suspeitos, sendo que nove já estavam presos e um, em liberdade, não foi encontrado. "Nove deles, apesar de estarem presos, respondendo por outros crimes, planejavam a ação dentro unidades prisionais", afirmou o Deic em nota. Além deles, outros quatro homens teriam envolvimento no planejamento do crime.

As equipes da 6ª Delegacia do Patrimônio, que pertence ao Deic, realizaram buscas nas celas com o objetivos de apreender de equipamentos e documentos produzidos pelos envolvidos.

As buscas resultaram nas apreensões de dez celulares. Também centenas de anotações utilizadas para comunicação entre os presos. O material passará por análise para extrair mais informações sobre a operacionalidade da facção.

As determinações judiciais foram cumpridas em Capela do Alto, Casa Branca, Hortolândia, Porto Feliz, Itapetininga, Itapira, Itatiba, Itirapina, Mairinque, Santa Cruz das Palmeiras, São José do Rio Pardo e Tremembé.

"Os envolvidos, para evitar a apreensões de documentos, tentaram dispensar o material dentro dos vasos sanitários das celas. Essa atitude provocou o entupimento de algumas privadas", afirmou o Deic.

Marcola mandou matar delegado-geral, diz MP

Preso no sistema federal desde fevereiro deste ano, o líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, determinou a morte de três policiais como "retaliação" por ter sido transferido da prisão estadual em São Paulo. Entre os alvos estava o delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, considerado um dos principais combatentes da facção.

A informação está em uma denúncia de 30 de agosto deste ano, assinada pela promotora Silvia Vieira Marques, da Segunda Promotoria de Justiça Criminal da Capital do MP (Ministério Público). Marcola está em regime de isolamento, e a denúncia não explica como, ainda assim, ele determinou os assassinatos — que não ocorreram.

A Polícia Civil atribui a Marcola um recado assinado pela cúpula e transmitido, em 10 de março deste ano, para membros da facção em uma casa da Cidade Tiradentes, bairro do extremo leste da capital paulista, contendo a ordem.

Após investigação da Polícia Civil, o MP denunciou 13 supostos integrantes da organização criminosa pelos crimes de tráfico de drogas, crimes contra o patrimônio e de organização criminosa.

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