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MPF pede inquérito sobre depoimento de porteiro do condomínio de Bolsonaro

Fachada do condomínio Vivendas da Barra, localizado na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde Jair Bolsonaro (PSL) vivia com a família - Raquel Cunha/Folhapress
Fachada do condomínio Vivendas da Barra, localizado na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, onde Jair Bolsonaro (PSL) vivia com a família Imagem: Raquel Cunha/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

06/11/2019 17h54

O MPF (Ministério Público Federal) pediu hoje que a Polícia Federal instaure um Inquérito Policial para apurar se houve falso testemunho no depoimento do porteiro do condomínio onde o presidente Jair Bolsonaro tem apartamento, no Rio de Janeiro.

No pedido, o MPF pede que se apure delitos de obstrução de Justiça, falso testemunho e denunciação caluniosa. Ainda sugere o enquadramento em artigo da Lei de Segurança Nacional, promulgada durante a ditadura militar. O crime cometido pelo porteiro, neste caso, seria "caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação".

Segundo reportagem do Jornal Nacional, o porteiro relatou que um dos suspeitos de assassinato da vereadora Marielle Franco pediu para ir à casa de Bolsonaro.

A medida foi tomada em função de um pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, no dia 30 de outubro, à Procuradoria da República no Rio. A solicitação também é assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Eles alegam ausência de possíveis investigados com foro por prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal (STF).

A procuradoria manterá sigilo sobre o inquérito e diz que se manifestará sobre os fatos "após a conclusão das investigações".

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