Réveillon de Copa tem cadeiras na areia a R$ 50 e área VIP por R$ 580
Um dos maiores Réveillons do mundo, Copacabana recebeu cerca de dois milhões de pessoas no Ano Novo. Bem democrático, existiram diferentes maneiras de curtir o maior evento público do Rio de Janeiro, em meio à multidão de graça ou até nos luxuosos apartamentos e hotéis da orla do tradicional bairro da Zona Sul carioca.
Cadeiras estavam sendo alugadas na areia da praia, com vista privilegiada para os fogos, por R$ 50, no Posto 6. "Trouxe a minha de casa mesmo e posso colocar onde eu quiser. Ainda mudo de lugar quando enjoar da vista", declarou a cabeleireira Marilene da Silva.
Já quem queria uma "área VIP" em um quiosque no famoso calçadão, tinha que desembolsar R$ 580. No pacote estavam incluídas bebidas e comidas diversas, com mesas e cadeiras confortáveis e banheiros exclusivos.
"Não abro mão desse conforto para mim e minha família. Como à vontade e posso escolher a bebida que eu quiser aqui, sem empurra-empurra", justifica Eduardo Cardoso, cliente do estabelecimento.
Mas a maior parte dos populares curtiu mesmo é aglomerada em frente ao palco principal, onde teve shows da cantora gospel Anayle Sullivan, Alyrio, Diogo Nogueira, Ferrugem, DJ Marlboro e a Bateria da Mangueira.
A faxineira Cilene Barros, de 57 anos, chegou com a amiga Maria da Lourdes, de 60, antes das 17h para garantir um bom lugar na grade em frente ao palco.
"Trouxe até uma bandeira de Portugal em homenagem à minha filha, Igrezia Barros, que mora lá. Quem sabe a Globo não me filma e ela vê. Coração está longe, mas ao mesmo tempo está perto. Três anos que a vejo só pelo zap", declara a mãe emocionada.
A ocasião também é muito boa para os ambulantes. Ana Claudia, vendedora de churrasquinho, chegou às 5h do dia 31 para garantir um ponto bom, posicionado próximo ao luxuoso Belmonte Copacabana Palace.
"Essa época do ano é maravilhosa pra gente faturar um extra e já entrar o ano bem", comemora a moça, que já tinha vendido quase toda produção antes das 22h.
Já Ricardo da Caipirinha, que circulava com seu carrinho de drinques, diz que a bebida de limão com cachaça brasileira é a favorita dos estrangeiros na Cidade Maravilhosa.
"É o maior sucesso na virada de ano, não tem jeito! Os gringos não sabem falar nada em português, mas falam caipirinha", conta o microempreendedor, tentando imitar o sotaque dos clientes de outros países.
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