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Pai e filho são achados mortos no RS; suspeita é de homicídio e suicídio

Marcelo Campos - Reprodução
Marcelo Campos Imagem: Reprodução

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

13/02/2020 16h19

Um menino de sete anos foi encontrado morto ao lado do pai, de 38 anos, em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Conforme o delegado André Roese, responsável pela investigação, a suspeita é que Márcio Campos tenha matado o filho, Marcelo Campos, e depois tirado a própria vida. "Não há indício de participação de uma terceira pessoa. Preliminarmente, tudo indica que tenha ocorrido um homicídio seguido de suicídio", salienta o delegado.

Pai e filho foram encontrados lado a lado na cama em um dos quartos da residência. Um revólver calibre 38, com numeração raspada, foi localizado na casa e encaminhado para análise da perícia.

Márcio tinha acabado de se separar da mulher. Desde outubro, eles não estavam morando mais juntos e, na última sexta-feira, assinaram os papéis do divórcio. Conforme o delegado, o menino ficava alguns dias com o pai e outros com a mãe, em um rodízio de guarda compartilhada. Marcelo chegou à casa do pai às 19h30 de terça-feira e teria que estar na casa da mãe na noite do dia seguinte. Sem informações do filho, a mulher pediu para uma sobrinha ir até à residência e ela acabou encontrando os dois mortos. A residência não apresentava sinais de arrombamento.

Ao saber do crime, a mãe entrou em estado de choque e precisou ser levada para hospital local, onde recebeu atendimento. Ela já está em casa sob medicação. Segundo o delegado, ela ainda não foi ouvida em respeito ao luto. O homem não tinha antecedentes criminais e, segundo informou a família à polícia, teria apagado as redes sociais. Não se sabe como ele obteve o revólver.

O velório do menino está acontece na Funerária Forneck Mattana, com o sepultamento marcado para as 19h no Cemitério Municipal. Já o pai será velado e enterrado em Porto Alegre.

"Revelação no futebol", conta treinador de menino

Apaixonado por futebol, o menino treinava na escolinha F10. Segundo o treinador Diego Schons Kayser, o garoto nunca faltava aos treinos, torneios e campeonatos. E, por isso, os colegas e os professores estranharam a ausência dele no treinamento de ontem. No final da partida, a notícia da morte dele chegou à quadra, o que gerou um clima de comoção.

"Ele era uma criança muito alegre, divertida. Era uma criança extremamente querida, todos os amigos adoravam ele. A mãe dele é muito batalhadora, fazia tudo pelo filho", conta o treinador.

Segundo Kayser, o menino começou no esporte bastante tímido, mas foi "promovido" para uma turma de intermediários. "Era um menino que tinha muita chance de vingar no futebol. Tinha porte físico, estatura. Quando ele entrava em campo, divertia-se muito, entregava-se ao esporte. É uma lástima o que aconteceu", lamenta o treinador.

Devido ao nome e à aparência, o menino se achava parecido com o lateral Marcelo, do Real Madrid. "Ele vinha para a escolinha com a camiseta do Real Madrid, do Marcelo."