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Polícia autua 6 comerciantes por vender vinho com etanol em Curitiba

14.fev.2020 - Garrafas de vinho fabricado com etanol encontrado em mercados de Curitiba - Polícia Civil do Paraná
14.fev.2020 - Garrafas de vinho fabricado com etanol encontrado em mercados de Curitiba Imagem: Polícia Civil do Paraná

Do UOL, em São Paulo

14/02/2020 12h40

Seis comerciantes foram autuados pela Polícia Civil hoje, em Curitiba, por venderem falso vinho feito com etanol. Os suspeitos alegam que não sabiam que a bebida vendida estava adulterada.

A bebida era vendida com o nome de Vinho Colonial nos bairros Centro, Cajuru e Umbará. O rótulo trazia selos de órgãos de governo e até CNPJ. De acordo com a polícia, todas as informações eram falsas e há suspeita de que a bebida seja comercializada em outros estados. A bebida era vendida pelo valor de R$ 10.

De acordo com o delegado Pedro Filipe Cruz Cardoso de Andrade, denúncias anônimas foram feitas ao Ministério da Agricultura por consumidores que ingeriram a bebida e passaram mal. O ministério procurou a Polícia Civil para investigar.

Com apoio do laboratório de química da Universidade Federal do Paraná foram feitas análises e constatou-se que havia na composição vinho diluído com etanol combustível, ácido cítrico, corante e estabilizantes.

Várias garrafas foram apreendidas e um inquérito foi instaurado para apurar quem são os responsáveis pela fabricação e distribuição do produto.

Quatro homens e duas mulheres foram autuados pela venda de produto alimentício adulterado. Todos alegaram desconhecer a falsificação e adulteração do produto. Eles assinaram um termo circunstanciado e foram liberados.

"Elas alegam que compraram de um distribuidor que alegou que os vinhos eram normais. Agora a investigação continua e nosso objetivo final é chegar na fábrica onde eles são produzidos", afirmou o delegado.

Entre os comerciantes autuados, um foi autuado em flagrante por vender produto termogênico, o que é ilegal no Brasil. Ele pagou fiança no valor de três salários mínimos e responderá em liberdade.

Segundo a Vigilância Sanitária, os estabelecimentos onde a bebida era comercializada não serão fechados, mas responderão a processos administrativos.