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Não podemos simplesmente abrir as portas das prisões, diz Sergio Moro

"Nós estamos observando essa dinâmica da pandemia no dia-a-dia, então se surgir situações de uma maior agressividade nessa contaminação, outras medidas podem ser tomadas", disse o ministro em entrevista ao programa Jornal BandNews FM - Jarbas Oliveira/Estadão Conteúdo
"Nós estamos observando essa dinâmica da pandemia no dia-a-dia, então se surgir situações de uma maior agressividade nessa contaminação, outras medidas podem ser tomadas", disse o ministro em entrevista ao programa Jornal BandNews FM Imagem: Jarbas Oliveira/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

09/04/2020 09h40

O ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro disse hoje em entrevista ao Jornal BandNews FM que não se pode "simplesmente abrir as portas das prisões" para conter a disseminação do novo coronavírus no sistema penitenciário.

"Colocar em liberdade parte da população carcerária é uma medida que se justifica no contexto, mas isso tem que ser feito com muita ponderação e uma análise caso a caso", disse.

Ao apontar medidas que estão sendo feitas pelo governo federal para que o novo coronavírus não se alastre nos presídios, Moro citou uma compra que será feita de R$ 49 milhões em EPIs (equipamentos de proteção individual) para uso de agentes penitenciários.

"[Os EPIs serão] destinados não só ao sistema penitenciário federal mas igualmente aos sistemas penitenciários estaduais para proteger o agente penitenciário e concomitantemente proteger os presos desses contágios", disse.

"In Mandetta I trust"

Na entrevista, Moro foi perguntado sobre a postagem que Rosangela Moro, sua esposa, fez na última quinta-feira (2) sobre Luiz Henrique Mandetta pouco tempo depois do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dizer que faltava "humildade" no ministro da Saúde.

Na postagem, Rosangela disse que "Henrique Mandetta tem sido o médico de todos nós e minhas saudações são para ele. In Mandetta I trust (Em Mandetta eu confio, em tradução para o português)". Ela apagou a publicação cerca de 30 minutos depois.

Moro desconversou sobre o assunto e disse que agora "o momento é de união" e não de gerar "dissensos desnecessários".

"Eu acho que esse tipo de controvérsia não ajuda e o melhor é tentarmos resolvermos esses pontuais conflitos com diálogo", pontuou.