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Lockdown no Pará: 1º dia de punição tem multas e estabelecimentos fechados

10.mai.2020 - Fiscalizações envolveram a montagem de 70 barreiras - Agência Pará
10.mai.2020 - Fiscalizações envolveram a montagem de 70 barreiras Imagem: Agência Pará

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL, em Belém

10/05/2020 22h09

O primeiro dia das medidas punitivas do lockdown no Pará teve 60 autuações —54 multas para pessoas físicas e seis para estabelecimentos comerciais que não se enquadravam como serviço essencial, segundo informou a Secretaria Estadual de Segurança. Belém foi o município que teve mais ocorrências (37 autuações).

O decreto estadual 729/2020, que vale para a capital paraense e mais nove municípios do interior do estado, começou a valer na última quinta-feira (7). Os primeiros três dias foram de medidas educativas. A determinação prevê o funcionamento apenas dos serviços essenciais, como saúde e alimentação. As multas são de R$ 150 para pessoas físicas e podem chegar a R$ 50 mil para pessoas jurídicas.

Cinco pessoas foram autuadas pela Polícia Civil —quatro por não usarem máscara e uma por fazer uso de bebida alcoólica em local não permitido. Todas assinaram Termo Circunstanciado de Ocorrência e foram liberadas.

Depois da capital, os municípios que mais descumpriam a medida foram Breves, no Marajó, com 15 ocorrências, e Ananindeua, município vizinho da capital, com seis.

O domingo teve fiscalizações, com a montagem de 70 barreiras nos principais pontos de circulação da capital, região metropolitana e interior do estado, envolvendo mais de 10 mil agentes de segurança no primeiro dia das ações mais rígidas.

O secretário de Segurança Pública, Ualame Machado, reforçou que o objetivo das barreiras é garantir que o estado alcance o índice de isolamento de 70%. "A cada dia podemos modificar os locais das barreiras, de blitz e abordagens para que possamos sair desta crise", alertou.

O último dado sobre o isolamento social no Pará, de sábado (9), coloca o estado em terceiro lugar no ranking brasileiro, com 49,15%, atrás de Ceará, 50,76%, e do Amapá, com 50,71%. O dado ainda não é suficiente para conter o avanço da doença, que já infectou 7.256 pessoas e matou 652 no Pará, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados hoje.