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Suspeito de atacar produtora de Porta dos Fundos processa Duvivier

Eduardo Fauzi é apontado como um dos participantes de ataque com bombas na produtora - Reprodução/YouTube
Eduardo Fauzi é apontado como um dos participantes de ataque com bombas na produtora Imagem: Reprodução/YouTube

02/07/2020 11h13Atualizada em 02/07/2020 13h30

Suspeito pelo ataque na sede da produtora Porta dos Fundos no ano passado, Eduardo Fauzi entrou com uma ação judicial contra o ator Gregório Duvivier por crime de injúria.

Segundo a defesa de Fauzi, o suposto crime teria acontecido em uma declaração dada por Duvivier durante uma live, ocorrida no mês de maio.

Na ocasião, o integrante do Porta dos Fundos comentou o ataque sem citar nominalmente Fauzi: "Para mim é muito a cara do Brasil, assim, é meio que dançarino de boate, tem gente que alegou que ele era cafetão, ao mesmo tempo ele é guardador de carros entre aspas, tinha sei lá quantos mil reais em casa, é rico para caralho e guardador de carro, e ao mesmo tempo é integralista, só no Brasil tem integralista e cafetão, é um mix de milícia com integralismo com prostituição, com fundamentalismo, que realmente só no Brasil para ter assim", disse.

Na mesma live, Duvivier mencionou que a pessoa citada estava na Rússia. "O cara foi para a Rússia e não sei se vai voltar, porque realmente a polícia está atrás do cara", explicou. Fauzi viajou para a Rússia em 29 de dezembro de 2019, de acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, e não há registro de seu retorno ao Brasil desde então.

A ação foi protocolada ontem na 14ª Vara Criminal da Justiça do Rio de Janeiro. A defesa pediu queixa por crimes de calúnia, injúria e difamação.

Fauzi pede que o ator seja condenado pelo crime de injúria, que tem pena de detenção de até oito meses — o que pode ser substituído por multa de, no mínimo, R$ 100 mil.

Bombas na véspera de Natal

O atentado no Porta dos Fundos aconteceu na véspera de Natal. O grupo lançou um especial da data em que fazia uma releitura humorística da vida de Cristo na Netflix.

Na gravação, Deus tinha um caráter de mentiroso e Jesus tinha um relacionamento homoafetivo.

O prédio, localizado na zona sul, foi alvo de bombas e chegou a ter um princípio de incêndio, que foi controlado.

Eduardo Fauzi foi reconhecido em uma das gravações de câmeras de segurança que captaram a ação. Ele teve mandado de prisão expedido pela Justiça, mas viajou para Moscou um dia antes.

A Polícia Civil pediu para incluir o nome dele na lista de foragidos da Interpol.