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Três PMs são presos suspeitos de integrar grupo de extermínio na Bahia

Corregedoria prendeu três PMs suspeitos de integrarem grupo de extermínio na Bahia - Divulgação
Corregedoria prendeu três PMs suspeitos de integrarem grupo de extermínio na Bahia Imagem: Divulgação

Alexandre Santos

Colaboração para o UOL, em Salvador

06/07/2020 12h30

Uma operação realizada pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) e pela Corregedoria da Polícia Militar da Bahia prendeu três policiais suspeitos de participar de crimes como roubo, homicídios e extorsões mediante sequestro em cidades no interior do estado. Outros quatro PMs que fariam parte do grupo de extermínio são procurados pela força-tarefa.

Segundo a SSP, o grupo é lotado na 32ª CIPM (Companhia Independente da PM) da cidade de Pojuca, a 67 quilômetros de Salvador. Os nomes dos PMs não foram divulgados.

Além dos agentes públicos, um homem, que seria vigilante, também foi alvo da operação. Ele foi capturado em Igaporã e apresentado na DT (Delegacia Territorial) de Guanambi, no sudoeste baiano.

Os três PMs detidos, por sua vez, foram levados ao Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas (Grande Salvador), onde ficarão presos preventivamente. Eles fizeram exames de corpo de delito em uma base móvel do DPT (Departamento de Polícia Técnica).

Cerca de 140 policiais militares e civis participam da ação, com cumprimento de mandados de prisão e busca nos municípios de Pojuca, Alagoinhas, Capim Grosso, Igaporã e Feira de Santana.

Roubo, sequestro e abuso sexual

A SSP informou que o grupo de PMs passou a ser investigado depois de um roubo ocorrido em Igaporã, no dia 9 de junho. Na ocasião, testemunhas relataram que homens fardados invadiram um imóvel sob a alegação de cumprirem um mandado judicial.

Após subtraírem R$ 5 mil, celulares e joias, um dos envolvidos deixou para trás uma pistola calibre .40. A arma pertencia a um soldado da 32ª CIPM (Pojuca). O militar acabou preso no mesmo dia.

Diante das suspeitas, as corregedorias Geral e da PM aprofundaram as investigações e descobriram indícios de participações de outros militares no caso.

Segundo informações da força-tarefa que conduz a investigação, os suspeitos usavam, em alguns casos, fardas rajadas e invadiam locais usados por traficantes para sequestrarem criminosos ou seus parentes.

Além dos delitos de extorsão mediante sequestro, associação criminosa e roubo, os policiais também são suspeitos de abuso sexual. Uma mulher, que foi detida pelos policiais investigados, teve o celular roubado e alegou ter sido vítima de abuso.

A SSP deverá concluir a investigação num prazo de 30 dias —período das prisões temporárias, que poderão ser prorrogadas por igual período.