Topo

Esse conteúdo é antigo

Picado por naja, estudante apresenta atestado e só deve depor em agosto

Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, foi picado por uma cobra naja no DF - Arquivo pessoal
Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, foi picado por uma cobra naja no DF Imagem: Arquivo pessoal

Nathalia Zôrzo

Colaboração para o UOL, em Brasília

17/07/2020 20h59

O estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck, de 22 anos, que foi picado por uma cobra naja no dia 7 de julho, no Distrito Federal, apresentou um atestado médico de 18 dias e só deve prestar depoimento à Polícia Civil em agosto. A expectativa da polícia era ouvir o jovem ainda nesta semana. Ele recebeu alta hospitalar na segunda-feira (13), depois de quase uma semana internado.

Krambeck é suspeito de tráfico de animais. Após ser picado pela naja, que ele criava dentro do apartamento onde mora com os pais, a polícia recebeu denúncias anônimas e chegou até um haras onde havia mais 16 cobras de espécies exóticas. A polícia suspeita de tráfico nacional ou internacional de animais, com a reprodução das cobras. Os oficiais também acreditam que o jovem, junto com colegas da faculdade, usava as serpentes para produzir soro antiofídico ilegalmente.

Na quinta-feira (16), os pais do jovem prestaram depoimento e nesta sexta-feira (17) foi a vez de um amigo dele, também estudante de veterinária, ir até a delegacia. Krambeck foi multado pelo Ibama em R$ 61 mil e os pais dele em R$ 8.500 cada.

Como a cobra naja não é natural do Brasil, só existia uma dose de soro antiofídico no país para tratar a picada. O medicamento teve que ser enviado para o estudante do Instituto Butantan, em São Paulo. Originária da África e da Ásia, a naja é uma das cobras mais venenosas do mundo.

Servidor suspeito de envolvimento

O Ibama afastou nesta sexta-feira (17) um servidor do instituto suspeito de envolvimento no caso. O órgão disse que abriu um procedimento administrativo disciplinar interno para investigar a participação do funcionário no caso, mas não informou qual é a denúncia contra ele.

O servidor trabalha no Centro de Triagem de Animais Silvestres e uma das cobras apreendidas na semana passada pela Polícia Civil estava dentro de uma caixa com logo desse departamento.