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Polícia investiga se veneno da naja era usado na produção de alucinógenos

Naja foi encontrada após Pedro Henrique ser picado pelo animal; polícia investiga suspeita de tráfico de animais exóticos - Ivan Mattos/Zoológico de Brasília
Naja foi encontrada após Pedro Henrique ser picado pelo animal; polícia investiga suspeita de tráfico de animais exóticos Imagem: Ivan Mattos/Zoológico de Brasília

Do UOL, em São Paulo

21/07/2020 12h53Atualizada em 21/07/2020 16h41

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga se o veneno da naja encontrada em Brasília no início do mês e de outras cobras exóticas encontradas em operação policial na região foi extraído e manipulado para a produção de alucinógenos e drogas sintéticas.

A suspeita é apurada pela Dema (Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente) do DF, de acordo com o jornal Metrópoles.

A Dema não quis se pronunciar sobre para "preservar as investigações".

Elas acontecem depois de Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, estudante de medicina veterinária, ser picado pela cobra naja que criava no apartamento em que mora, no dia 7 de julho.

Ele ficou internado por quase uma semana, recebendo alta no dia 13. O jovem apresentou um atestado médico de 18 dias e só deve depor a polícia em agosto.

Krambeck foi multado pelo Ibama em R$ 61 mil e os pais dele em R$ 8.500 cada um.

Apurações indicaram que Pedro e outros colegas compravam e vendiam cobras e animais exóticos em redes sociais sem a documentação necessária.

Além da produção de entorpecentes, a Dema investiga se há tráfico internacional de animais exóticos.

O Batalhão da Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal localizou 16 cobras exóticas em uma fazenda no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina, a 73 km de distância de onde o estudante foi picado — a suspeita é que Pedro seja o dono delas.

Na sexta-feira (17), o Ibama afastou um servidor por suspeita de envolvimento com o caso. Ele trabalhava no Centro de Triagem de Animais Silvestres e uma das cobras apreendidas pela Polícia Civil estava dentro de uma caixa com logo desse departamento.