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Homem tem perna mecânica furtada em Goiânia; só a prótese foi levada

Sidnei, de 39 anos, teve prótese furtada de sua casa em Goiânia - Reprodução/TV Globo
Sidnei, de 39 anos, teve prótese furtada de sua casa em Goiânia Imagem: Reprodução/TV Globo

Maurício Dehò

Do UOL, em São Paulo

03/08/2020 11h52

O recepcionista Sidnei Ferreira Mendes teve a perna mecânica que usa furtada de dentro de sua casa neste fim de semana. O homem de 39 anos, que teve parte de uma perna amputada após um acidente de moto, contou que saiu para visitar os filhos e, quando voltou, ela havia sido levada.

Segundo Sidnei, o tênis que usa junto à prótese foi deixado e ela foi o único objeto levado. Ele mora em uma casa com sete barracões e passou a noite de sexta-feira com os filhos, fora de lá. "No sábado, quando cheguei de manhã, a porta estava arrombada".

Ao UOL, Sidnei afirmou que está desesperado com a situação, por temer que quem cometeu o furto volte a agir e pelo fato de que ficar sem usar o objeto pode fazer com que ele perca o encaixe com a perna.

O recepcionista de uma academia de Goiânia afirmou que tem medo de ser alvo novamente. Ele suspeita que desentendimentos com moradores da mesma casa podem ter motivado o furto e, por temer novas ações, está ficando na casa da ex-mulher. "Não vou voltar para lá, porque se foram roubar minha prótese, podem fazer mais mal ainda", afirmou ele.

A prótese é usada em alternância com muletas por Sidnei, por conta de lesões. Ele conseguiu a prótese pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), há cinco anos, e precisou de muito tempo para se adaptar.

"Estou desesperado, porque já tem um tempo que espero outra prótese. Pode demorar um um ano, pode demorar cinco, tem muita gente na fila esperando. Quando peguei essa, esperei cinco anos", lamentou.

Ficar muito tempo sem usar a prótese que foi levada pode impedir com que ele consiga utilizá-la novamente e fazer com que ele tenha de usar apenas muletas ou cadeiras de rodas, já que a perna amputada pode ter flacidez na pele e problemas no osso onde ocorreu a amputação.

Sidnei acionou a polícia, que investiga o caso e usará imagens de câmeras de segurança de vizinhos. Ele criou um financiamento coletivo para tentar bancar uma nova prótese.