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Turista paraguaio some ao fazer 'bate e volta' com amigos ao litoral de SP

O turismo paraguaio Luiz Fernando Lopes Nuñez, de 21 anos, está desaparecido após vir ao litoral de São Paulo com amigos - Reprodução
O turismo paraguaio Luiz Fernando Lopes Nuñez, de 21 anos, está desaparecido após vir ao litoral de São Paulo com amigos Imagem: Reprodução

Felipe Munhoz

Colaboração para o UOL, em Lençóis (BA)

16/10/2020 15h24

Um turista paraguaio de 21 anos desapareceu no domingo (11) durante um 'bate e volta' para a Praia Grande, litoral de São Paulo. Antonio Silvero, 35, que estava com ele durante a excursão, afirmou hoje ao UOL que não acredita que tenha acontecido nada de grave com o conhecido e pensa que ele está perdido. Por outro lado, Silvero contou que o pai do jovem desconfia de tráfico de órgãos.

Luiz Fernando Lopes Nuñez é de Caaguazú, cidade do interior do Paraguai, e veio para o Brasil a turismo há cerca de 15 dias. Ele estava hospedado em uma casa no Jardim Brasil, zona norte de São Paulo, na casa de um conhecido de Silvero. No domingo, Luiz se juntou a um grupo de aproximadamente 30 pessoas e foi fazer um 'bate e volta' para Praia Grande, onde desapareceu.

"Ele estava na água com algumas pessoas do grupo. Eles saíram e nós fomos para o mar, com outras cinco pessoas. Quando voltamos, ele já não estava mais na areia", lembrou Silvero, que é costureiro, mora há 20 anos no país e conheceu Luiz quando ele chegou ao Brasil.

Após o desaparecimento do jovem, que deixou para trás a mochila com o celular, o grupo o procurou pela praia e ficou na cidade até às 22h, quando a excursão retornou para São Paulo. Hoje, Silvero repetiu o que tem feito nos últimos dias, voltou para Praia Grande para ver se encontra o conterrâneo.

"Eu acho que não aconteceu coisa pior porque ele pediu o telefone emprestado de alguém e ligou [para o número dele mesmo] na segunda-feira. E ele ligou quando a gente estava aqui na praia, estávamos a uns 300 metros, mais ou menos, um do outro. Só que o telefone estava na mochila dele e ninguém mexeu na mochila. Daí quando chegamos à noite em São Paulo, o pessoal pegou o telefone dele e tinham duas ligações perdidas. Nós ligamos e era um morador da região [Praia Grande], só que ele saiu de lá e não tentou mais ligar", lamentou o costureiro.

Tráfico de órgãos

Luiz tem parentes em São Paulo que estão em contato com Silvero. Eles queriam trazer o pai do rapaz do Paraguai para acompanhar as buscas, mas, por questões de saúde, ele não pôde vir. O costureiro disse que tem passado informações para a família do jovem, mas se chateou com uma suspeita do pai do turista.

"O pai dele chegou a falar que o pessoal aqui trabalha com tráfico de órgãos. Uma coisa que não tem nada a ver. Chegaram a falar isso para o pai dele. Ninguém chegou a acusar, mas o pai dele falou para nós que alguém no Paraguai falou isso", disse Silvero.

Investigações

Até o momento, Silvero afirmou que não recebeu nenhum tipo de suporte do consulado paraguaio, mas logo registrou o caso na polícia. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou ao UOL que a Polícia Civil investiga o desaparecimento, que teria acontecido por volta das 13h de domingo, na avenida Presidente Castelo Branco, no bairro Caiçara.

Segundo as informações da polícia, na ocorrência consta que os amigos suspeitam que o turista pode ter se perdido da turma após ter sido visto comprando um refrigerante. O caso foi registrado como desaparecimento de pessoa no 2º Distrito Policial de Praia Grande e, segundo a polícia, as buscas continuam na região.