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PF prende vice-prefeito de Serrita (PE) e PMs em ação contra garimpo ilegal

27.out.2020 - PF faz operação contra organização criminosa que atuava com garimpo ilegal - Reprodução/Polícia Federal
27.out.2020 - PF faz operação contra organização criminosa que atuava com garimpo ilegal Imagem: Reprodução/Polícia Federal

Do UOL, em São Paulo

27/10/2020 10h14

Policiais militares e o vice-prefeito de Serrita, no sertão do Pernambuco, foram presos nesta manhã numa operação para combater garimpo ilegal, deflagrada pela PF (Polícia Federal) e pelo MPF (Ministério Público Federal).

A ação, batizada de "Frígia", cumpre 13 mandados de busca e apreensão, inclusive no endereço de um policial federal, e dez mandados de prisão preventiva, sendo dois contra policiais militares que atuavam diretamente na prática criminosa e contra o vice-prefeito de Serrita, Francisco Tadeu de Sá, que dava suporte ao esquema, segundo o MPF.

As medidas foram cumpridas em Serrita, São José do Belmonte, Igarassu, Juazeiro do Norte (CE) e Jardim (CE).

De acordo com o MPF, as investigações indicaram que os investigados realizam desde a extração da pedra bruta in natura até a venda a receptadores no Recife e em Juazeiro do Norte. A extração dos minérios ocorria em terrenos públicos e particulares.

"Os valores oriundos da venda eram colocados em circulação, com aparência de legalidade, por meio da aquisição de veículos e outras condutas que caracterizam a prática de lavagem de dinheiro", informou o órgão, em nota.

Ainda de acordo com as apurações, alguns pagamentos pelos serviços realizados em favor do garimpo eram feitos com uso de verbas da Prefeitura de Serrita.

Os investigados poderão responder, na medida de suas participações, pelos crimes de usurpação de bens da União, crimes ambientais, lavagem de capitais e organização criminosa, cujas penas ultrapassam os 20 anos de prisão, além de multa, informou a Polícia Federal.

Segundo a PF, o nome da operação faz menção à terra do Rei Midas da mitologia grega, pois tudo o que ele tocava virava ouro.

O UOL tentou contato com a prefeitura de Serrita, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.