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Suspeitos de furtarem armas de bancos e vender ao tráfico do RJ são presos

Mais de 50 armas foram levadas para o Complexo do Maré pelo grupo catarinense - Douglas Lopes/Redes da Maré
Mais de 50 armas foram levadas para o Complexo do Maré pelo grupo catarinense Imagem: Douglas Lopes/Redes da Maré

Colaboração para o UOL

10/12/2020 08h08Atualizada em 10/12/2020 10h19

A Polícia Civil prendeu ontem três supostos membros de uma quadrilha de Santa Catarina que furtava armas de bancos para vender a traficantes do Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os suspeitos já tinham mandados de prisão temporária contra eles, pela prática dos crimes de associação criminosa e furto a instituições financeiras.

As prisões ocorreram após longa investigação, que começou quando a equipe da delegacia obteve informação da existência de um grupo que arrombava cofres e caixas eletrônicos com o uso de maçarico.

A Polícia Civil identificou pelo menos 15 furtos a bancos com essas características, sempre praticados pelo mesmo grupo, desde maio deste ano. Foram analisadas imagens das câmeras de segurança das agências furtadas e do seu entorno, sendo possível identificar os veículos utilizados pelos autores na ação criminosa. A partir dessa informação, a equipe da delegacia iniciou um trabalho de monitoramento, que identificou e prendeu os criminosos, que estavam no município de Magé, na Baixada Fluminense.

Ainda segundo as investigações, o grupo furtava revólveres que eram utilizados pelos vigilantes das instituições financeiras e vendia para traficantes da comunidade da Maré, que empregavam as armas, principalmente, para praticar roubos na região, muitas vezes por menores de idade. Acredita-se que o grupo já havia roubado mais de 50 armas de fogo.

Os três presos, que são do município de Joinville, em Santa Catarina, possuem diversas passagens pela polícia pela prática do mesmo crime em várias cidades do Brasil e até do exterior. Todos estavam cumprindo pena em regime semiaberto quando foram capturados.

A partir da prisão dos criminosos e da apreensão dos seus telefones celulares, a investigação prosseguirá para identificar os traficantes receptadores das armas furtadas, bem como um possível esquema de lavagem de dinheiro por parte do grupo.