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'Estressada', píton albina de 4 m surge no Ceará e espanta moradores

Píton albina é achada no Ceará; réptil não é habitual da região - Arquivo Pessoal
Píton albina é achada no Ceará; réptil não é habitual da região Imagem: Arquivo Pessoal

Daniel Silva

Colaboração para o UOL, em Fortaleza

14/12/2020 11h54

Uma cobra da espécie píton birmanesa albina (Python molurus bivittatus albinu) foi resgatada no município de Mucambo, região Norte do Ceará. A serpente exótica, típica do continente asiático e africano, foi encontrada por moradores que ficaram assustados ao se depararem com o animal próximo às residências. Até o momento, não há informações de como a cobra de quase quatro metros de comprimento foi parar na região.

De acordo com o major Mardens Vasconcelos, do Corpo de Bombeiros do Ceará, a serpente estava em um matagal bem próximo a residência de moradores. A cobra apresentava pequenas escoriações em seu corpo e estava em processo de troca de pele, o que a deixou "estressada".

"Os moradores solicitaram o resgate ao Corpo de Bombeiro na noite de sexta-feira (11). Foi encaminhada uma equipe de busca e salvamento, mas também solicitamos apoio de uma clínica veterinária", relata.

píton - Divulgação/Bombeiros - Divulgação/Bombeiros
Píton albina é achada no Ceará
Imagem: Divulgação/Bombeiros

Após o resgate, a cobra segue sob cuidados de uma clínica veterinária, no município de Sobral, também na região Norte do Estado.

"Estamos fazendo todos os cuidados veterinários. Ela (a cobra) está um pouco debilitada. Estava em processo de troca de pele, mas foi interrompido pela captura. Apresenta algumas escoriações, mas estamos em processo de avaliação clínica e realizando exames complementares", explica o médico veterinário Idelfonso Cavalcante, responsável pela recuperação da serpente.

Espécie exótica

A serpente é típica da região asiática e também do continente africano. Apesar do tamanho de quase quatro metros, o veterinário Idelfonso explica que essa espécie é um animal dócil.

píton - Divulgação/Bombeiros - Divulgação/Bombeiros
Imagem: Divulgação/Bombeiros

"Ela é muito mansa. Não costuma agredir o ser humano. Uma serpente desse tipo geralmente come mamíferos e aves. Quando é mantida em cativeiro, comem coelhos, porcos da índia. Se tiver seis a sete metros, passa a comer carneiros", detalha.

Até o momento, ainda não há previsão do animal receber alta da clínica. Isso porque o médico veterinário acredita que a serpente deve passar por outro processo de troca de pele.

Após esse período de recuperação, o animal deve ser encaminhado para o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis). "Quando é uma cobra comum, a gente costuma devolver para a natureza. Não é o caso. O Corpo de Bombeiros decidirá com o Ibama qual será o destino dela", explica o major Mardens.