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Idoso que vivia em barraco com ratos no Pará vai para casa de repouso

Gerson Ribeiro Furtado tem 73 anos e vivia entre ratos e baratas na cidade de Cametá (PA) - MPE-PA/Divulgação
Gerson Ribeiro Furtado tem 73 anos e vivia entre ratos e baratas na cidade de Cametá (PA) Imagem: MPE-PA/Divulgação

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL, em Belém

01/02/2021 17h00

O idoso que vivia com ratos em um barraco de madeira no município de Cametá, nordeste do Pará, já foi resgatado cumprindo ordem judicial que deu prazo de 24 horas para que o município o acolhesse, disponibilizando a ele assistência médica e psiquiátrica.

Gerson Ribeiro Furtado tem 73 anos e vivia há 20 nas ruas. Um vídeo com imagens dele se alimentando do mesmo que dava aos roedores circulou nas redes sociais e sensibilizou a população do município e o Ministério Público, que ingressou com ação civil pública para garantir seu amparo.

A decisão judicial foi cumprida no sábado por uma equipe multidisciplinar, em razão de o idoso apresentar sintomas de transtorno mental.

"Foi tudo tranquilo. Ele aceitou sair de lá e nem foi preciso sedá-lo", contou a promotora de justiça autora da ação, Louise Rejane de Araújo Silva Serverino.

Seu Gerson, como é conhecido pelos moradores do bairro da Matinha, foi primeiramente levado de ambulância para uma Unidade de Pronto Atendimento no município, para receber os primeiros atendimentos.

"Lá foi constatado que ele está com tuberculose. Já foi medicado, está se alimentando bem. Está aceitando todos os cuidados que estão dando para ele", explicou a promotora.

Seu Gerson - Prefeitura de Cametá/Divulgação - Prefeitura de Cametá/Divulgação
Seu Gerson foi acolhido pela Prefeitura de Cametá e receberá assistência médica e psiquiátrica
Imagem: Prefeitura de Cametá/Divulgação

Como parte da determinação, o município também será obrigado a abrigar o idoso em uma casa de acolhimento, mas como Cametá não dispõe de nenhum local deste tipo, a Prefeitura local contratou uma casa de repouso em Belém, para onde ele será transferido após o tratamento de saúde.

"Pelo menos agora sabemos que o senhor Gerson não vai mais passar por isso (a situação degradante). Vou levar a história dele para a minha vida", desabafa a promotora.