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Com Carnaval suspenso, Doria pede ajuda da população: 'Nada de festas'

Lucas Borges Teixeira, Rafael Bragança e Allan Brito

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL

08/02/2021 14h24

O Carnaval de 2021, que seria entre os dias 13 e 16 de fevereiro, foi suspenso oficialmente em São Paulo. Ainda assim, o governador João Doria (PSDB) continua mostrando preocupação com a possibilidade de aglomerações e festas clandestinas piorarem a situação da pandemia de covid-19.

"Durante o próximo feriado, lembre-se: só teremos Carnaval em 2022. Nada de festas e aglomerações. Estamos indo bem, então nos ajudem a continuar indo bem, nos ajudem a não termos que tomar medidas mais duras. Se todos ajudarem, vamos salvar mais vidas, preservando a saúde de mais brasileiros em São Paulo", afirmou Doria, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes. Depois do evento, ele reforçou o mesmo alerta sobre o Carnaval.

O Carnaval não é um feriado nacional e, portanto, depende de aprovação estadual para que seja decretado. Mas Doria confirmou em janeiro que não decretaria feriado. Depois cancelou inclusive o ponto facultativo, para tentar evitar viagens e festas.

Esta é uma preocupação compartilhada tanto pela Secretaria da Saúde quanto pelo Centro de Contingência do Coronavírus. Atualmente, a região metropolitana de São Paulo e outras cinco regiões, responsáveis por 66% da população paulista, estão na fase amarela do Plano São Paulo, que libera o funcionamento de restaurantes até as 22h. Embora a venda de bebidas alcoólicas só possa ir até as 20h, a liberação acende um sinal de alerta para o final de semana.

O governo de São Paulo considera que está "indo bem" na pandemia porque a aceleração de indicadores, vista em janeiro, foi freada em fevereiro. Hoje, a Secretaria Estadual de Saúde informou que registrou redução de 8% no número de casos, em comparação com a semana anterior, e uma queda de 2% no número de internações. Por outro lado, houve um aumento de 4% no número de mortes.

"As restrições em horários e serviços do Plano São Paulo foram importantes no controle da circulação das pessoas, fazendo impacto no número de casos e fundamentalmente no número de internações. O comparativo revelou queda de 8% no número de casos e 2% no número de internações. É um dado superatual. Estamos evoluindo de forma importante. O número de óbitos se mantém de forma elevada. E esse incremento de 4% pode ser por dados represados, mas temos que manter atenção e vigilância em todo o estado", analisou Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde.

São Paulo contabiliza 1.851.776 casos e 54.663 mortes por covid-19 até o momento, de acordo com dados do governo estadual.