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Pastor é preso por tráfico de drogas após ter igreja fechada por pandemia

Além de entorpecentes, policiais encontraram uma arma de fogo e munições com o religioso - Polícia Civil/Divulgação
Além de entorpecentes, policiais encontraram uma arma de fogo e munições com o religioso Imagem: Polícia Civil/Divulgação

Ed Rodrigues

Colaboração para o UOL, no Recife

04/03/2021 20h10

Um pastor evangélico de 37 anos anos foi preso por suspeita de envolvimento no tráfico de drogas em Minas Gerais. Segundo a polícia, o religioso entrou para o crime após ter a igreja fechada por causa da pandemia do novo coronavírus. O homem abriu um salão de beleza e usava o espaço como ponto de venda.

A Polícia Civil chegou até o pastor, que não teve o nome divulgado, ao longo de uma investigação que teve início há dois meses, em Passos (MG), cidade a 354 km de Belo Horizonte.

"Constatamos que havia um negócio de cocaína, crack e maconha que trazia drogas de Ribeirão Preto (SP). Foram realizadas duas prisões. Durante essas prisões, o nome de um pastor veio à tona", contou o delegado regional de Passos, Marcos Pimenta.

À reportagem, o investigador explicou que os dois suspeitos presos primeiro foram encontrados com 30 kg de maconha, 4 kg de cocaína e 800 g de crack, que estavam dentro de um veículo importado.

"Continuamos a investigar e tivemos a confirmação da participação do pastor. No início, ele tinha uma igreja em Santa Luzia. Fechou pela pandemia. Então, abriu um salão e começou a traficar. Foi tomando conhecimento do negócio até que cortou intermediário e começou a buscar drogas diretamente em São Paulo", explicou.

Devido ao crescimento da rede de distribuição, o pastor passou a arrebanhar jovens e adolescentes, que eram abastecidos para vendas em vários pontos da região.

"E passou a financiar o tráfico. Ia em Ribeirão buscar e vender para Passos. Então, passou de comprador a revendedor", continuou o delegado.

Com os suspeitos, além dos entorpecentes, os agentes civis encontraram uma arma de fogo e munições.

"Um dos policiais que participaram da prisão dele frequentava a antiga igreja. O pastor é bastante conhecido na região. O culto dele era grande", disse.

O delegado acrescentou que o religioso segue à disposição da Justiça e que as investigações continuam. Como o nome do suspeito não foi divulgado, a reportagem não conseguiu contato com a defesa dele.