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Governo de SP atribui protesto contra Doria a 'gabinete do ódio'

Manifestantes fizeram protesto contra João Doria neste domingo (7) - Ronaldo Silva/Estadão Conteúdo
Manifestantes fizeram protesto contra João Doria neste domingo (7) Imagem: Ronaldo Silva/Estadão Conteúdo

Giulia Fontes

Do UOL, em São Paulo

07/03/2021 18h40Atualizada em 08/03/2021 09h43

O governo de São Paulo classificou um protesto realizado neste domingo (7) em frente à residência do governador João Doria (PSDB) como "um ato político promovido pelo gabinete do ódio, ligado ao presidente Jair Bolsonaro". Em nota encaminhada ao UOL, a Secretaria de Comunicação do governo diz, ainda, que os seguidores de Bolsonaro "demonstram ter desprezo pela vida e adoração pela morte", e que Doria e sua família são "vítimas desta ideologia homicida promovida por maníacos".

Os manifestantes que se aglomeraram em frente à casa de Doria neste domingo (7) protestavam contra a fase vermelha do Plano São Paulo, que aumentou as restrições no estado com o objetivo de conter a disseminação do novo coronavírus. Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que não tem uma estimativa de quantas pessoas participaram do protesto. A pasta informou que o protesto foi pacífico e que acabou às 19h35, sem registro de incidentes.

Doria é adversário político do presidente Jair Bolsonaro, e é visto como um possível candidato à Presidência da República nas eleições de 2022. Bolsonaro já deixou clara a intenção de tentar a reeleição.

Números da Covid-19 em São Paulo

Neste domingo (7), o estado de São Paulo atingiu 80,05% de ocupação de UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) voltadas a pacientes com Covid-19. É a primeira vez que o índice ultrapassa a marca de 80%.

Segundo os números do governo estadual, mais de 7,8 mil pessoas estão internadas em UTIs. No interior, três regiões estão praticamente colapsadas: Araraquara tem 93,9% de ocupação de UTIS; Bauru, 96%; e Presidente Prudente, 94%.

Leia a íntegra da nota encaminhada pelo governo de São Paulo ao UOL

"No momento em que hospitais de SP têm 100% de ocupação e o Estado ultrapassa oito mil pessoas entre a vida e a morte em leitos de UTI, negacionistas fazem uma aglomeração na frente da casa do governador João Doria.

É mais um ato político promovido pelo gabinete do ódio, ligado ao presidente Jair Bolsonaro, em que os seus seguidores demonstram ter desprezo pela vida e adoração pela morte. O Governador João Doria e sua família são vítimas da violência desta ideologia homicida promovida por maníacos, que faz o Brasil ser fonte de preocupação em todo mundo pela catástrofe humanitária que acontece neste momento no país. O governador João Doria não tem medo, não se intimida e vai continuar a proteger a população contra a ação de fanáticos adoradores da morte."