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Defesa de Jairinho e mãe de Henry cria perfis e redes sociais sobre o caso

Henry Borel, de 4 anos, morreu no dia 8 de março, no Rio de Janeiro - Reprodução/Redes Sociais
Henry Borel, de 4 anos, morreu no dia 8 de março, no Rio de Janeiro Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

07/04/2021 11h59

A defesa da professora Monique Medeiros e do médico e vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) criou perfis no Instagram e YouTube e um site com o objetivo de "externalizar a verdade" e divulgar as versões do casal a respeito da morte do menino Henry Borel, ocorrida no dia 8 de março.

A página do Instagram, que tem o nome da criança, começou a receber as primeiras publicações na semana passada com fotos de Monique e o filho em momentos particulares, como idas à praia ou até mesmo em casa. Em uma das postagens, creditada à mãe da criança, se lê: "Você é o melhor filho que uma mãe poderia ter. Teve a melhor família que poderia ter. Você só conheceu o amor".

Na sexta-feira (2), todas as fotos foram apagadas e o perfil se tornou uma forma de publicar as versões de Monique e Dr. Jairinho a respeito da morte de Henry e também para defender o vereador das acusações de agressão.

Logo em seguida, os administradores do perfil publicaram quatro novos vídeos de pessoas com os rostos cobertos se identificando como próximas do casal. Nas postagens, três mulheres e um homem rebateram as acusações de uma ex-namorada de Dr. Jairinho de que o parlamentar era violento com ela e a filha e de que violências eram cometidas pelo vereador ao longo do relacionamento. As publicações não foram bem vistas por alguns internautas, que chegaram a criticar a criação da página com a hashtag #justiçaporhenryborel.

No início da tarde de ontem, as postagens foram novamente deletadas e depois novas mídias foram publicadas, desta vez, com quatro vídeos do advogado André França Barreto, que representa Monique e Dr. Jairinho.

Na legenda do primeiro conteúdo, é possível ler um texto creditado ao casal: "Após vivenciarmos a trágica perda do nosso filho/enteado Henry, seguida de acusações absurdas e infundadas, e tendo em vista a dificuldade enfrentada em externalizar a verdade e todos os fatos que chegam ao nosso conhecimento, decidimos criar esse canal para veicular todas as informações e responder a tudo o que nos for perguntado, com objetividade e clareza".

O texto segue: "Agradecemos a todas as pessoas que têm nos transmitido tantas mensagens de carinho e apoio. Estamos certos da nossa inocência, confiamos nas autoridades e acreditamos que a Justiça prevalecerá a qualquer especulação oportunista".

Diferentemente das outras publicações que foram apagadas, por enquanto, não é possível comentar nas postagens já que o recurso foi fechado pelos administradores do perfil no Instagram e no YouTube.

Além disso, Monique e Dr. Jairinho também criaram um canal no YouTube onde os mesmos vídeos publicados no Instagram são postados no canal.

A defesa do casal também criou o site "A Verdade Henry Borel Medeiros" onde é possível encontrar fotos da criança com a mãe e o padrasto e explicações sobre temas que estão sendo investigados pela Polícia Civil como a alegação da defesa de que o menino pode ter sofrido um acidente doméstico — Monique Medeiros, em depoimento, disse acreditar que o menino possa ter caído da cama do casal.

A mãe e o padrasto de Henry, criaram um perfil nas redes e um site para divulgar a versão deles sobre a morte - Reprodução - Reprodução
A mãe e o padrasto de Henry, criaram um perfil nas redes e um site para divulgar a versão deles sobre a morte
Imagem: Reprodução

Ao UOL, o advogado André França disse que "vai dentro daquele sentido que nós, desde o início, estamos apontando para as autoridades, para o público em geral que é o sentido de fazer todos os esforços para demonstrar intensamente a postura colaborativa do casal, demonstrar a transparência total que nada precisa ser escondido, nada é espinhoso para ser escondido".

A defesa de Dr. Jairinho e Monique diz ainda que "nenhum assunto constrange [o casal]. É mais um instrumento que se agrega e que a gente vai acrescentando tantos outros instrumentos puder para demonstrar a verdade".