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Caso Henry: Babá chega para depor e explicar por que omitiu agressões

Mensagens de Whatsapp entre babá e Monique falaram em agressões por parte de Jairinho - Reprodução
Mensagens de Whatsapp entre babá e Monique falaram em agressões por parte de Jairinho Imagem: Reprodução

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

12/04/2021 13h33

A babá do menino Henry Borel, Thayná de Oliveira Ferreira, chegou no início da tarde para prestar um novo depoimento a respeito da morte da criança. Os agentes querem saber o motivo dela ter omitido as agressões sofridas pelo menino por parte do padrasto, o médico e vereador Dr. Jairinho (sem partido), segundo indicaram as mensagens de celular com a mãe de Henry, Monique.

A cuidadora da Henry chegou à 16ª DP (Barra da Tijuca) por volta de 12h15 com um casaco cobrindo o rosto. O delegado Henrique Damasceno apareceu minutos depois, às 13h, para colher o depoimento da babá.

De acordo com as investigações, Thayná mentiu ao não contar na primeira oitiva sobre a troca de mensagens com a mãe de Henry, Monique Medeiros. No texto, a babá relata em tempo real para a professora as agressões sofridas pelo menino no dia 12 de fevereiro.

Naquele dia, a criança chegou a relatar para a babá que a violência cometida por Dr. Jairinho não teria sido a primeira. Nas mensagens, Thayná Ferreira conta para Monique que Henry sofreu uma "banda" (rasteira) e chutes.

A Polícia Civil só teve acesso a essas mensagens após usar um programa de computador israelense que ajudou a desbloquear aparelhos e resgatar mensagens de texto e imagens que foram apagadas do celular da mãe do menino.

"A babá fala que o Henry relatou a ela que o padrasto o pegou pelo braço nos termos escritos, deu uma banda, que é uma rasteira, chutou. No momento, ficou bastante claro que houve uma lesão ali. Na própria continuidade [da conversa], a própria babá fala [para Monique] que o Henry estava mancando. Que quando foi tomar banho, ele não a deixou lavar a cabeça dele porque estava com dor na cabeça", afirmou o delegado Henrique Damasceno, que está à frente do caso, na coletiva realizada no dia da prisão de Jairinho e Monique.

O advogado André França Barreto, que defende a mãe e o padrasto da criança, morto no dia 8 de março, disse que Monique não relatou à polícia a troca de mensagens que teve com a babá do menino por "não achar pertinente".

O UOL tenta contato com a defesa de Thayná Ferreira.