Topo

Esse conteúdo é antigo

Monique trocou filho por "vida de luxo", diz defesa de pai de Henry

Monique Medeiros, a mãe de Henry Borel, em foto no sistema prisional  - Divulgação/Seap
Monique Medeiros, a mãe de Henry Borel, em foto no sistema prisional Imagem: Divulgação/Seap

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/04/2021 18h21

A defesa de Leniel Borel, pai de Henry Borel, fez críticas à professora Monique Medeiros e rechaçou a nova versão da mãe do menino, que afirmou em carta que foi manipulada e agredida por Dr. Jairinho. Em entrevista ao Programa do Datena, o advogado Aílton Barros disse que Monique foi conivente com agressões contra seu filho pois queria manter uma "vida de luxo".

"Ela vendeu o filho dela para a morte para desfrutar de uma vida que nunca teve. Ela vendeu o filho para ter uma vida de luxo."

O advogado classificou a história contada na carta como "mentirosa" e salientou que acredita no envolvimento da professora no crime.

"Isso tudo é história da carochinha, para boi dormir, para contar ao Papai Noel. Ela participou da mentira descendo com o filho morto no elevador para levar ao hospital." Mais cedo, a defesa de Jairinho classificou a carta de Monique como uma "peça de ficção".

Barros afirmou ainda que Monique teria manipulado outros membros de sua família para que mentissem por ela.

Ela manipulava os dois companheiros, a família dela. A mãe dela, Rosângela, sabia que o garoto era agredido pelo Jairinho e nada fez. A babá sabia também e nada fez. Todos sabiam. Foram manipulados por causa do dinheiro. Essa babá tinha três pessoas da sua família empregadas, todo mundo estava mamando na teta. Ela [Monique] não chorou. Ela troca a dor do filho pelo aplique, ou seja, ela mostra toda a sua vaidade. O pai logicamente chora demais, ele sente tudo isso aí, porque diversos desses comportamentos dessa senhora ele desconhecia.

Enforcamento por ciúmes

Embora as investigações tenham constatado que Monique tinha conhecimento das agressões de Jairinho a Henry desde fevereiro através de uma troca de mensagens com a babá Thayná de Oliveira, a mãe do menino afirma no relato que as agressões começaram meses antes.

Segundo a professora, em dezembro de 2020 o vereador chegou a enforcá-la durante uma crise de ciúmes. Os dois estavam na casa dos pais de Monique, em Bangu, zona oeste do Rio.

Ela conta que Jairinho invadiu o quarto onde dormia com Henry e a enforcou no meio da noite. O caso de violência teria sido motivado, segundo ela, por ciúmes em relação ao seu ex-marido, Leniel Borel, pai do menino assassinado.

"Lembro de ser acordada no meio da madrugada, sendo enforcada, enquanto eu dormia na cama ao lado do meu filho. Quase sem ar, ele jogou o telefone em cima de mim, me xingando, me ofendendo e perguntando por que eu não estava o atendendo e por qual motivo eu tinha respondido uma mensagem do Leniel onde eu o chamava de Lê e ele me chamava de Nique. Eu pedia desculpas, disse que não chamaria mais o Leniel de Le e que conversaríamos depois. No dia seguinte ele se desculpou, disse que me amava muito, que eu era muito bonita para ele e que tinha muito ciúmes", diz um dos trechos do relato de Monique.

No depoimento prestado à polícia em 17 de março, 9 dias após a morte de Henry, Monique havia falado que era seu ex-marido que tinha ciúmes de Jairinho, já que estava insatisfeito com a separação. Em nenhum momento ela relatou o contrário ou algum tipo de queixa do atual namorado em relação a Leniel.