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Ativista LGBT ligado ao PT é achado carbonizado; polícia apura homofobia

Lindolfo Kosmaski, de 25 anos, levou dois tiros e teve o corpo carbonizado dentro do próprio carro - Rafael Stedile /Divulgação
Lindolfo Kosmaski, de 25 anos, levou dois tiros e teve o corpo carbonizado dentro do próprio carro Imagem: Rafael Stedile /Divulgação

Lorena Pelanda

Colaboração para o UOL, em Curitiba

03/05/2021 10h43

O corpo de um ativista LGBT que atuava no Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e no Partido dos Trabalhadores foi encontrado carbonizado no município de São João do Triunfo, na região dos Campos Gerais, (PR), no sábado (1). Lindolfo Kosmaski, de 25 anos, levou dois tiros e teve o corpo carbonizado dentro do próprio carro. O veículo foi encontrado perto da rodovia PR-151, na localidade de Coxilhão.

O ativista era professor da rede estadual e cursava mestrado na Universidade Federal do Paraná, no programa Educação em Ciências e em Matemática. Ele também foi candidato a vereador do munícipio em 2020.

O primo da vítima, Benedito Camargo, afirma que, antes do crime, ele esteve em um bar. "Ele era bem conhecido na região. Antes de morrer, ele pagou cerveja para todo mundo e depois sumiu. O celular dele ficou no estabelecimento. Uma amiga falou que Lindolfo teria recebido ameaça de morte dias antes de ser assassinado", conta.

A Polícia Civil do Paraná foi procurada e diz que, por enquanto, o autor do assassinato ainda não foi identificado. A suspeita é de que o crime esteja relacionado a homofobia.

Em nota, o Partido dos Trabalhadores afirma que Lindolfo tinha uma trajetória inspiradora de luta e coragem. "Neste momento de dor, prestamos toda a solidariedade à família, amigos e esperamos que os órgãos competentes possam acelerar as investigações e encontrar os responsáveis por esse crime hediondo. LGBTfobia é crime e interrompe trajetórias como a de Lindolfo, em uma sociedade democrática e de direito não há espaço para barbárie, ódio e intolerância", diz a nota.