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SC: Casal é preso suspeito de abusar sexualmente de mulheres em 'rituais'

Polícia Civil de Santa Catarina prendeu o casal na Operação "Capa Preta" - Reprodução/ Polícia Civil de Santa Catarina
Polícia Civil de Santa Catarina prendeu o casal na Operação "Capa Preta" Imagem: Reprodução/ Polícia Civil de Santa Catarina

Do UOL, em São Paulo

24/05/2021 14h56

Um homem e uma mulher foram presos temporariamente na manhã de hoje, suspeitos de praticarem abusos sexuais contra mulheres em "rituais espiritualistas" em Palhoça, cidade da Grande Florianópolis, em Santa Catarina. Segundo a Polícia Civil, sabe-se de quatro vítimas do casal, mas outras mulheres podem ter sido alvo.

Os mandados de prisão temporária, expedidos pela Justiça, foram cumpridos pela Polícia Civil de Santa Catarina junto aos trabalhos da Operação "Capa Preta", da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAM) de Palhoça (SC).

A delegacia recebeu diversas denúncias instaurando inquérito policial com investigações e tomada de depoimentos das vítimas.

Elas relataram que o casal fazia jantares com bebidas alcoólicas na casa deles, quando só depois davam prosseguimento para os atendimentos espirituais.

Conforme informa a Polícia Civil, o homem preso dizia que estava sob influência espiritual da entidade "Capa Preta", que deu nome à Operação, e agia de acordo com o comando e autorização da mulher.

Na casa deles eram realizados os atendimentos e o chamado "banho de descarrego", em que as vítimas eram convencidas pela mulher a entrarem nuas no banheiro, onde após o banho eram abusadas pelo homem.

Parte das vítimas disseram à Polícia que os acusados recorreram à violência para a prática dos abusos sexuais, além de ameaças.

A Polícia Civil afirma que os presos estão sendo investigados pelos crimes de violação sexual mediante fraude e estupro. Na casa deles foram realizadas buscas no local onde aconteciam os rituais para recolhimento de provas.

Segundo a Polícia Civil, até o momento quatro mulheres foram vítimas do casal, mas como as investigações continuam, eles estimam que mais mulheres possam ter sido vítimas.