Topo

Esse conteúdo é antigo

Órgão do MPF-PE cobra apuração sobre ação policial em protesto no Recife

Protesto contra Bolsonaro termina com confusão entre manifestantes e policiais no bairro do Derby, na área central da cidade - ARTHUR SOUZA/ESTADÃO CONTEÚDO
Protesto contra Bolsonaro termina com confusão entre manifestantes e policiais no bairro do Derby, na área central da cidade Imagem: ARTHUR SOUZA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

30/05/2021 10h19

A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em Pernambuco vai pedir "ampla e rigorosa apuração sobre os fatos" relacionados à violência policial durante manifestação contra o governo Bolsonaro ontem (29), no Recife.

Durante o protesto, a polícia usou balas de borracha para dispersar os manifestantes. Um homem que não participava dos atos foi atingido e ficou cego de um olho. A vereadora do PT, Liana Cirne , foi agredida por um PM que espirrou spray de pimenta no seu rosto.

A Procuradoria é o órgão do MPF (Ministério Público Federal) responsável pelo monitoramento e apuração de violações de direitos humanos. Em nota, a Procuradoria afirmou que "receberá as denúncias sobre o ocorrido e as encaminhará às autoridades competentes para atuação".

"A PRDC-PE ressalta que restrições não fundamentadas ao pleno exercício das manifestações e protestos sociais constituem medidas violadoras de direitos humanos e, como já apontou o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, os Estados têm a responsabilidade, no contexto das manifestações pacíficas, de promover e proteger os direitos humanos e impedir que se vulnerem estes direitos. É necessária, portanto, ampla e rigorosa apuração sobre os fatos noticiados no dia de hoje", diz a nota de repúdio divulgada pelo órgão.

Após os casos serem denunciados, o governador do estado, Paulo Câmara (PSB), afastou o comandante responsável pela operação na manifestação. A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social também instaurou procedimento para investigar os fatos.