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Polícia acha em rodovia corpos de amigas desaparecidas após festa em SP

A polícia encontrou os corpos das jovens Julia Renata Garcia Rafael e Cláudia Cristina Pinto Menezes, que estavam desaparecidas desde o dia 3 de junho, em São Paulo - Reprodução/Facebook
A polícia encontrou os corpos das jovens Julia Renata Garcia Rafael e Cláudia Cristina Pinto Menezes, que estavam desaparecidas desde o dia 3 de junho, em São Paulo Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

16/06/2021 09h27Atualizada em 17/06/2021 10h37

A Polícia Civil de São Paulo encontrou ontem os corpos de duas jovens que estavam desaparecidas desde o dia 3 de junho após irem a uma festa na boate Paraíso na Laje, em Paraisópolis, zona sul de São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou a informação ao UOL e disse que os corpos foram levados ao IML (Instituto Médico Legal) em estado de decomposição e passam por exames para identificar a causa da morte.

Os corpos de Júlia Renata Garcia e Cláudia Cristina Pinto foram achados no km 48 do Rodoanel, na divisa entre São Paulo com Itapecerica da Serra. Para o delegado Fabio Lopes, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), a suspeita é de que os corpos tenham sido desenterrados de outro local e transferidos para a rodovia.

"A polícia militar iniciou uma operação e praticamente ocupou a comunidade de Paraisópolis e a gente acredita que por isso desenterraram os corpos de onde eles estavam e jogaram os dois corpos lá no Rodoanel onde foram encontrados", disse Lopes em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo. Ainda segundo o delegado, os corpos continham cal, o que acelera o processo de decomposição.

A advogada das famílias Patrícia Veiga disse que elas foram reconhecidas através de fotos, já que os parentes moram em Manaus. "Foram mostradas para as famílias fotos de tatuagens e que foram reconhecidas como sendo tatuagens que elas possuíam nos corpos", disse.

Ela afirmou que mesmo após 12 dias sem notícias das amigas, as famílias ainda tinham esperança de encontrá-las vivas.

"O que as famílias das duas meninas querem é liberar os corpos e se despedir das duas meninas da forma que a religião delas permite. De fato elas tinham sim esperança que as meninas fossem encontradas com vida. São duas jovens, com toda a vida pela frente e que acabou dessa forma lamentável", disse Veiga ao jornal.

Cláudia e Júlia eram de Manaus e moravam em São Paulo há alguns anos. Elas foram vistas pela última vez na festa no dia 3 de junho em Paraisópolis.

Segundo informações da investigação divulgadas pelo programa Brasil Urgente, da Band, ontem, o dono da boate onde a festa aconteceu é um dos investigados pela polícia. Mensagens trocadas por Júlia com uma amiga mostram que ele a convidou para a festa naquela noite.