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Socialite de festa nos Jardins diz que foi mal interpretada e ataca Frota

Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/07/2021 20h05

A socialite Liziane Gutierrez, que se envolveu em uma polêmica após mandar a polícia ir "pra favela" durante a Força Tarefa da Polícia Civil na madrugada de ontem em festa com 500 pessoas nos Jardins, em São Paulo, disse que sua fala foi mal interpretada e direcionada a um policial. Em live realizada na noite de hoje, Liziane disse que a frase foi uma resposta a um policial e ainda chamou o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) de "babaca".

Estou aqui de mente aberta, não contratei assessoria, estou de cara limpa. A história da 'favela' foi o seguinte: não falei menosprezando ninguém, um policial virou e disse que era mais fácil interromper uma festa na favela do que nos Jardins, então virei e falei pra ele ir pra favela."

O vídeo em que aparece saindo da festa repercutiu nas redes sociais. A blitz foi comandada pelo deputado Alexandre Frota (PSDB), que chegou chamar Liziane de "preconceituosa" em entrevista ao Brasil Urgente.

O Frota é um babaca, se eu fosse falar aqui... mas eu vou ficar quieta, porque pediram para mim, o cara que não reconhece o próprio filho, você acha que ele está preocupado em salvar vidas?"

Em outro trecho da explicação, Liziane chega a dizer que parte da sua raiva direcionada à polícia, o que poderia configurar desacatado à autoridade. Ela ainda diz que sofreu uma violência doméstica em São Paulo há alguns meses, e demorou cerca de quatro horas para receber atendimento.

"Essas pessoas que vocês estão vendo acabar com festa clandestina, eles não estão fazendo isso por bem, o buraco é muito mais embaixo, mas não vou falar sobre isso porque sou alvo fácil. Talvez eu volte depois aqui para falar sobre isso depois", afirmou Liziane em outro trecho da transmissão.

Mais cedo, Liziane fez uma publicação nas redes sociais afirmando que está "mal com essa situação, por ter errado".

A festa clandestina aconteceu no escritório do advogado Adib Abdouni, no Jardim Paulista. Abdouni aparece sem máscara no evento em vídeos divulgados nas redes sociais. O UOL tenta desde ontem contato com o escritório, mas ainda não teve resposta.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a responsável pelo local foi levada a uma delegacia após ser autuada por infração de medida sanitária preventiva (a pena vai de um mês a um ano de prisão).

A dupla Matheus e Kauan afirmou, em comunicado à imprensa, que fora contratada para uma "pequena confraternização entre familiares e amigos" e que o contrato fora descumprido.

"No ato da contratação foi afirmado pelo contratante que seriam seguidos todos os decretos que regulam concentração de pessoas, adotando protocolos de segurança e que não haveria venda de ingressos. O departamento jurídico que assessora os artistas adotará as medidas cabíveis relativo ao descumprimento do contrato", diz o comunicado

A blitz chegou à festa após receber mais de cem denúncias sobre o evento. Vídeos mostram que os frequentadores da festa não utilizavam máscara de proteção individual.