MP-RJ define novo promotor responsável pela investigação do Caso Marielle

Após uma crise causada pela saída das promotoras responsáveis pela investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) definiu o novo titular do caso.

A investigação ficará provisoriamente a cargo do promotor Bruno Gangoni, coordenador do Gaeco `(Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

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Gangoni foi designado para comandar o Gaeco pelo atual procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos. Ele é promotor desde 2003 e sempre atuou na área criminal.

Antes de assumir o comando do principal grupo especializado do MP do Rio —responsável por investigar tráfico, milícia e corrupção no poder público, entre outros temas— ele esteve em uma promotoria em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Também foi integrante do Gaesp (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública), unidade extinta por Mattos neste ano.

Promotoras denunciaram interferência no Caso Marielle

As promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile, que conduziam as investigações do Caso Marielle desde setembro de 2018, deixaram o cargo na semana passada. Segundo fontes no MP, as duas queixaram-se de interferência externa na investigação do crime.

As mudanças na condução do caso acontecem um mês após a viúva do miliciano e ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, Júlia Lotufo, iniciar as negociações para fazer uma delação premiada em troca de benefícios, como a suspensão do mandado de prisão domiciliar.

Após a repercussão negativa da saída das promotoras, Luciano Mattos se reuniu com a irmã de Marielle, Anielle Franco; a mãe da ex-vereadora, Marinete Silva; a filha da vereadora; Luyara Santos; e a viúva de Marielle, a vereadora Monica Benício (PSOL-RJ). Jurema Werneck ,diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, também esteve no encontro.