Topo

Esse conteúdo é antigo

Traficantes são indiciados por morte de jovem em explosão de lança-perfume

Foto de Ana Carolina e o local onde aconteceu a explosão, em um baile funk da Rocinha, no Rio de Janeiro  - Reprodução/Redes sociais
Foto de Ana Carolina e o local onde aconteceu a explosão, em um baile funk da Rocinha, no Rio de Janeiro Imagem: Reprodução/Redes sociais

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio

22/07/2021 13h38Atualizada em 22/07/2021 13h44

A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou dois traficantes pela morte de Ana Carolina Gonçalves de Oliveira Negreiros, 20, após a ser atingida por uma explosão de uma caixa com frascos de lança-perfume durante um baile funk clandestino na favela da Rocinha, Zona Sul do Rio. O caso aconteceu na madrugada do dia 30 de maio.

John Wallace da Silva Viana, conhecido como Jhonny Bravo, e Leandro Pereira da Rocha, o Bambu, irão responder pelos crimes de homicídio culposo - quando não há a intenção de matar, apologia, associação para o tráfico e por causar epidemia. Jhonny Bravo é considerado o chefe do tráfico de drogas da Rocinha há pelo menos quatro anos.

O Portal dos Procurados tem cartaz com o rosto dos dois pedindo por informações sobre o paradeiro deles com recompensa de R$ 1 mil cada.

De acordo com a delegada Flávia Monteiro, titular da 11ª DP (Rocinha), foi pedida à Justiça, a prisão preventiva dos traficantes.

"Essas festas são feitas justamente para atender aos interesses da facção, aumentando seus rendimentos com o comércio de maconha, cocaína, drogas sintéticas e ainda do lança-perfume, que ocasionou a explosão que lesionou e posteriormente matou a Ana Carolina", disse Monteiro.

procurados explosao - Divulgação Portal dos Procurados - Divulgação Portal dos Procurados
John Wallace da Silva Viana, conhecido como Jhonny Bravo, e Leandro Pereira da Rocha, o Bambu, irão responder pelos crimes de homicídio culposo
Imagem: Divulgação Portal dos Procurados

Relembre o caso

Na madrugada do dia 30 de maio Ana Carolina foi até a comunidade para participar do evento clandestino. A estudante estava perto da barraca onde ocorreu a explosão.

Em vídeos que a Polícia Civil usou como base para as investigações, os agentes viram frequentadores sem máscara e aglomerados. Em um determinado momento, todos começam a correr e alguns chegaram a ser pisoteados.

A jovem aparece no circuito interno da Unidade de Pronto Atendimento da Rocinha, por volta da 7h. Ela chega andando com outras amigas, um funcionário pega uma cadeira de rodas e logo em seguida ela aparenta estar desacordada.

Ana Carolina chegou a ser transferida para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste - por ser referência em queimadura. Porém a estudante, que sofreu ferimentos de primeiro e segundo graus e teve 80% do corpo queimado, não resistiu após ficar cinco dias internada.